Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Cantando com alegria
 

Quem já não se extasiou com as interpretações de Andrea Bocelli? A sua versatilidade encanta.

Ele tanto interpreta magnificamente peças religiosas quanto canções de amor, de gosto bem popular.

No entanto, o que chama a atenção não é somente a voz, mas o sorriso sempre presente em sua face.

E, contudo, é cego. Como pode alguém, desprovido da visão, viver a sorrir?

Poderemos pensar que para quem nunca teve visão, fácil será a aceitação e adaptação.

Mas, Andrea, ao nascer não era cego. Veio à luz em Lajatico, cresceu na fazenda da família, a cerca de quarenta quilômetros da cidade de Pisa, na Itália.

Cedo demonstrou ser portador de evidentes problemas de visão. Estudos clínicos diagnosticaram glaucoma.

Como todo menino brincava, ia à escola, praticava esportes.

Aos doze anos, enquanto jogava futebol, Andrea foi atingido na cabeça e perdeu definitivamente a visão.

Desde a infância, ele se apaixonara pela música e sua mãe costumava dizer que a música era a única coisa que o consolava, após a perda completa da visão.

Aos seis anos de idade, iniciara suas aulas de piano, depois as de flauta, saxofone, trompete, harpa, violão e bateria.

Na infância, tocava órgão na igreja que se situava próxima à casa, onde ia todos os domingos com a avó.

Foi também, aos doze anos de idade, que venceu o prêmio Margherita D'oro, com a canção O sole mio. Foi a primeira de muitas vitórias em competições musicais.

Bocelli graduou-se em Direito, pela Universidade de Pisa, chegando a advogar durante um ano.

A música, contudo, era sua paixão e a ela se dedicou em tempo integral.

Nunca parou o treinamento vocal e o sucesso foi chegando. Em 1994, apresentou-se no festival de San Remo e venceu com a canção Il mare calmo della sera, o que o levou ao primeiro disco de ouro.

Depois, foram apresentações em óperas, concertos, parcerias com grandes nomes da música internacional.

Se Deus colocou uma flauta mágica em sua garganta, que ele bem sabe aproveitar, para espalhar alegria no mundo, jamais esqueceu de servir ao bem.

Bocelli cantou em muitos eventos de caridade, no mundo inteiro, como no local dos destroços do World Trade Center, em outubro de 2001.

Participou no projeto de cd para o Fundo de Ajuda para as Vítimas do Tsunami de 2004 e apresentou-se num grande concerto transmitido pela televisão na Itália, em março de 2005, chamado Música para a Ásia.

Ofereceu concertos para a Fundação de Pesquisa Arpa, da qual ele é presidente honorário.

Não se limitando a cantar, Andrea contribuiu para vários trabalhos escritos. Escreveu, inclusive, uma autobiografia, A música do silêncio, que foi publicada em 1999.

*   *   *

Andrea percorre o mundo e canta, com a alma, com sua alegria. Louva ao Senhor a cada dia, tornando o mundo mais musical.

Colabora para a elaboração do mundo melhor que todos desejamos. O mundo que podemos auxiliar a construir, com o que temos, com o que somos.

Pensemos nisso.

 

Redação do Momento Espírita, com dados biográficos de Andrea Boccelli.
Em 31.08.2011.
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