Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Amigo de si mesmo
 

Verdadeiras amizades são presentes que a vida nos oferece. Sempre haverá escritores, poetas, romancistas a cantar as benesses e alegrias que uma amizade pode nos ofertar.

A vida sem amigos é menos colorida, mais pesada, um tanto atribulada. São os amigos que dão uma cor a mais no cotidiano, que aliviam nossas penas e acalmam nossa caminhada.

E tão excelente se faz uma amizade quanto raro é se encontrar um amigo. Amigo desses de verdade, que tem no altruísmo, na generosidade e no carinho o toque do seu agir.

Amigo que é capaz de nos dizer não, quando o mais fácil seria concordar; de não compactuar com nossos desatinos quando o mais cômodo seria consentir; de não aquiescer com nosso erro quando mais confortável seria aprovar.

Faz-nos tanta falta o aconchego de um amigo! Somos tão carentes de uma amizade verdadeira que, não raro, damos o nome de amigo a quem não faz jus a tal apreço.

Confundimos a nobre virtude da amizade com aqueles que conseguem conosco dividir os risos fáceis, mas que percebemos se ausentam nos dias de austeridade.

Incluímos no rol dos nossos amigos, enobrecendo-os com o título, aqueles que são capazes de, afundados em erros e infelicidades próprias, nos arrastarem para os mesmos vales de dificuldades morais pelos quais trafegam.

Carregamos, não raro, marcas profundas de carências emocionais e uma ansiedade intensa por criar laços de amizades para aplacar a sede de afeto.

Por conta disso, vinculamo-nos a essa ou aquela pessoa que pouco faz por nos merecer a honraria da amizade.

De maneira rápida e breve, já estamos nós a confiar e a fiar longas horas em conjunto com esse ou aquele que nos surge, sem nos apercebermos do que traz na alma, dos valores, nem sempre nobres, com os quais prefere pautar sua vida, e das viciações morais que elegeu para se conduzir.

Assim, o dito popular que afirma antes só do que mal acompanhado passa a fazer sentido, nesses momentos de ansiedade por construirmos laços de amizade, nem sempre saudáveis e proveitosos.

*   *   *

Se aguardas aquelas almas que façam jus ao galardão da amizade, asserena-te um tanto mais. Elas chegarão.

A solidão, em alguns momentos, se fará melhor companhia do que ilusórias amizades que poderão te carregar por experiências de difícil monta.

Apacienta-te perante a vida, e aguarda sem desanimar.

Fica atento e tranquilo porque o tempo não decepciona a quem sabe esperar trabalhando.

Sê, antes de tudo, o melhor amigo de ti mesmo.

Não te permitas corromper teus valores, desviar o rumo que elegeste, sair do roteiro feliz e correto que escolheste.

Lembra que ficarás carregando felicidades ou dificuldades que amealhaste na vida, respondendo por todas as opções que fizeste no teu caminhar.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap.15, do livro Ações corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 26.08.2011.
© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998