Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone O porquê da vida
 

Qual o homem que, nas horas de silêncio e recolhimento, já deixou de interrogar a natureza e o seu próprio coração, pedindo-lhe o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo?

Onde está aquele que jamais procurou conhecer seu destino, levantar o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade?

Não seria um ser humano, por mais descuidado que fosse, se não tivesse considerado, algumas vezes, esses tremendos problemas.

A dificuldade de os resolver, a incoerência e a multiplicidade das teorias que têm sido feitas, as deploráveis consequências que decorrem da maior parte dos sistemas já divulgados, todo esse conjunto confuso, fatigando o Espírito humano, os têm relegado à indiferença e ao ceticismo.

Portanto, o homem tem necessidade do saber, da luz que esclareça, da esperança que console, da certeza que o guie e sustente.

Mas tem também os meios para conhecer, a possibilidade de ver a verdade se destacar das trevas e o inundar de sua benfazeja luz.

Para isso, deve se desligar dos sistemas preconcebidos, descer ao fundo de si mesmo, ouvir a voz interior que nos fala a todos, e que os sofismas não podem enganar: a voz da razão, a voz da consciência.

*   *   *

Quando encontra a Inteligência Suprema, Causa primeira de todas as coisas, e reconhece nela uma gerência grandiosa de todas as Leis do Universo, o coração do homem se acalma.

Não estamos abandonados neste planeta. Não estamos sendo geridos por leis frias, mecânicas apenas, mas por algo que é soberanamente justo e bom.

Ao chamar essa Inteligência de Pai, o Mestre dos mestres, Jesus, revelou um aspecto até então pouco conhecido do Criador: o aspecto amoroso de um progenitor que cuida de Seus filhos com todo carinho possível.

Quando encontra a si mesmo, como um ser imortal, incorpóreo, que teve início e nunca terá fim, o homem passa a enxergar tudo de forma diversa.

O ser que se vê e se sente imortal, não pode viver da mesma forma que antes.

O que valoriza, o que anela, o que escolhe para seus dias é diferente. Tem menos a ver com prazeres passageiros e mais a ver com as semeaduras duradouras.

Quem se vê imortal cuida melhor dos seus amores, sem tanto apego, sem desespero e ansiedade, pois sabe que nunca os irá perder.

Vislumbra na pluralidade das existências novas chances de se reinventar, de reescrever sua história, aprimorando continuadamente a si mesmo, sem culpa e sem medo.

A verdade, os porquês da vida, nunca estiveram distantes de nós. Foi nossa ignorância e sonolência moral que nos apartaram das respostas.

Chegou o tempo de entender a vida como nunca antes fizemos.

Chegou o tempo de despertar, de compreender e compreender-se.

 

Redação do Momento Espírita com base no cap. 1, do livro O porquê da vida, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 26.08.2011.
© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998