Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone O reino dos Céus
   

Não há quem de nós não pense, em algum momento, no futuro após a morte.

Mesmo que evitemos o assunto, que não o vejamos com naturalidade, mesmo que o assunto seja um tabu em nossa cultura ocidental, de vez em quando nos vem à mente a ideia do pós-morte.

Não é por acaso que todas as religiões tratam do assunto, buscando explicar para aqueles que as seguem, como será a realidade da vida após a vida.

Jesus inúmeras vezes falou sobre a vida futura. Alertou-nos que Seu Reino não é deste mundo, e nos falou a respeito do Reino dos Céus.

Buscou na linguagem cotidiana do povo que O escutava as comparações possíveis para explicar a vida futura e a importância de nos prepararmos para ela.

Analisando superficialmente as figuras de linguagem de Jesus, imaginamos o Reino dos Céus como um lugar físico, um espaço delimitado, com grandes portões a serem atravessados, para então, adentrarmos no Reino dos Céus. Mesmo na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a rogar a Deus: Venha a nós o Vosso reino. O Reino de Deus.

O que Jesus quer nos ensinar com isso é que o Reino de Deus deve estar conosco, e nós com ele. Porém, não em um espaço físico, mas dentro de nós.

O Reino de Deus é construção íntima que todos devemos nos esforçar para erigir em nosso mundo pessoal.

Todas as vezes que conquistamos em nossa intimidade os valores elevados, estaremos construindo o Reino dos Céus em nós.

Você já experimentou a felicidade de ajudar alguém, sem nenhum interesse pessoal nisso, a não ser o prazer de ajudar? Essa felicidade é o Reino de Deus que se faz em nós.

Já teve a experiência de esquecer de si mesmo em nome de outrem, agindo na caridade para com o próximo? O sentimento de felicidade que advém dessa tarefa é a do Reino de Deus que começa a se implantar em nosso mundo íntimo.

Todas as vezes que nossas ações, palavras ou pensamentos estiverem coerentes com as coisas de Deus, é sempre o Reino dos Céus que se manifesta em nós.

Desta forma, não necessitamos esperar que a morte nos chegue, para saber o que será de nós. Encontraremos, quando libertos do corpo físico, o mesmo mundo que alimentamos intimamente.

Comecemos a construí-lo hoje através das nossas ações, das nossas palavras e do nosso pensar.

É a construção, tijolo a tijolo, desse castelo de venturas que nos trará a felicidade.

Porém, se hoje longe estamos dessa realidade, não nos iludamos que com a morte física tudo irá mudar. Encontraremos esse nosso mundo íntimo, com os mesmos valores e com o mesmo teor emocional.

Tratemos portanto, a partir de hoje, que é um bom momento, de refazer aquilo que já percebemos não ser coerente com o Reino de Deus.

E abandonemos a ilusão de um reino pronto e de um lugar a chegar, entendendo que Deus constrói o Seu Reino no coração de cada um dos Seus filhos. Desde, é claro, que permitamos a Sua presença em nosso universo pessoal.

 

Redação do Momento Espírita.

Em 12.08.2011.

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