Por ocasião de uma viagem ao Estado do Paraná, D.Pedro II foi hospedado em Ponta Grossa, por um fazendeiro rude, mas trabalhador e leal.
Sem maiores cerimônias, ofereceu um almoço ao Monarca, e disse-lhe:
Senhor Imperador! Eu podia ter feito mais alguma coisa. Podia ter matado mais uma vitela, mais um peru. Mas preferi assinalar de outro modo a vossa passagem por esta terra, e a honra de vir a esta sua casa: libertei todos os meus escravos, cerca de setenta, e peço a Vossa Majestade o favor de lhes entregar as cartas de liberdade!
Ao voltar à corte, o soberano recebeu, do Ministro do Império, os decretos que identificavam as pessoas que o haviam homenageado durante sua excursão. Notou que, para aquele fazendeiro paranaense, havia sido guardado o título da Ordem da Rosa.
Isto é pouco para esse homem. Declarou o Imperador. Faça-o Barão!
Mas, Majestade, - questionou o Ministro, - ele é quase um analfabeto.
Pedro II fitou-o determinado e respondeu:
Não será o primeiro! Esse fazendeiro é um homem muito digno e tem este merecimento. Mande-me o decreto fazendo-o Barão dos Campos Gerais.
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A História do Brasil nos traz esta passagem, que revela aos homens a melhor maneira de se homenagear seu Criador, seu Soberano: fazer o bem.
Deus não deseja homenagens vistosas, não deseja cerimoniais luxuosos, sacrifícios humanos. A forma mais bela de reconhecer Sua grandeza, de mostrar como somos gratos por tudo que somos, por tudo que temos, está no amor a Suas criaturas, Seus filhos.
O fazendeiro da história libertou seus escravos. Nós podemos, quem sabe, dar liberdade a quem amamos, procurando erradicar de nossas vidas o ciúme desequilibrado.
Ou doarmo-nos um pouco mais a quem precisa, concedendo alguns instantes de atenção a quem está ao nosso redor, procurando ouvir mais, procurando guardar um tempo em nossos dias atribulados para perguntar Como vai você?, e esperar pela resposta, realmente desejando saber como vai aquela outra vida, aquele próximo.
Não há homenagem mais bela a Deus do que praticar a Lei maior do Universo, a Lei de Amor.
Amando a criatura estaremos amando seu Criador.
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Admirar, sentir, respeitar a natureza é uma das formas de louvar a Deus.
Procuremos, nos instantes do dia, quando nossos pulmões encontrarem os ares da manhã, fazer uma prece, agradecendo pela vida, por mais um dia, pelo espetáculo belíssimo das obras de Deus a inspirarem nossos corações, concedendo-nos a certeza plena de que estamos protegidos, e de que fazemos parte de um Universo perfeito.
Redação do Momento Espírita, com base no livro Chico Xavier, D.Pedro II e o Brasil, de Walter José Faé, ed. Cor.
Em 12.05.2011.