Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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ícone Valer-se da luz

 Em uma passagem do Evangelho segundo São João, Jesus afirma:

Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem.

Trata-se de uma curiosa advertência feita aos seguidores do Mestre.

Não se há de imaginar que ela se dirigisse apenas àquela pequena multidão que O rodeava na oportunidade.

Cuida-se de um alerta de que a oportunidade de autoiluminação precisa ser bem aproveitada.

O homem na Terra encontra-se situado entre o passado e o futuro.

Suas experiências anteriores na Terra, de modo geral, não lhe são acessíveis à memória.

Para que não se perca em vaidades, rancores e culpas, ele esquece o que já viveu antes de renascer.

De outro lado, o futuro é uma incógnita.

O passado e o futuro somem nas trevas do esquecimento e da incerteza.

Já os tesouros do presente representam oportunidades preciosas.

Para que o futuro surja ornado de bendita luz, importa bem aproveitar o tempo atual.

A esmagadora maioria das personalidades humanas não possui outra paisagem.

Raros são os que trazem do passado uma bagagem de feitos nobres e vivências dignas.

A maioria aporta na existência atual com inúmeros problemas para superar.

Sejam vícios, inimizades ou fragilidades morais as mais diversas.

Esse quadro desolador precisa ser revertido com a santa oportunidade do momento presente.

Urge valorizar a existência terrena, tal qual se apresenta.

Não sonhar com facilidades indevidas e nem reclamar dos desafios que surgem.

A vida na Terra, embora transitória, é a chama que coloca o homem em contato com o serviço de que ele necessita.

O caminho que surge difícil, por vezes áspero, faculta a jornada de ascensão.

Representa a luz a ser bem aproveitada.

No esforço do viver digno, torna-se possível resgatar,  corrigir, reconciliar e enriquecer-se de valores espirituais.

É conveniente pensar na advertência do Mestre: andar enquanto há luz, para não ser apanhado pelas trevas.

A vida na carne passa muito rápida.

Quem escolhe o caminho do vício ou do egoísmo em pouco tempo se arrepende.

Toda conquista malsã fica na borda do túmulo.

Já a consciência segue imortal, luminosa ou entenebrecida pelo que se decidiu viver.

Para não ser surpreendido por um coração trevoso, urge aproveitar a dádiva do tempo no trabalho edificante.

Afastar-se da condição inferior, mediante a aquisição de mais alto entendimento.

Sem os característicos da melhoria e do aprimoramento no ato da marcha, o homem é dominado pelas trevas.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6
do livro
Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 13.06.2011.

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