Quantas vezes você já se disse cansado, estressado, desanimado? Quantas vezes a vida lhe pareceu pesar sobre os ombros, como se carregasse o mundo e se sentiu quase a soçobrar?
Já se indagou, alguma vez, por que esse seu estado de ânimo?
Você poderá responder que é o cansaço da luta diária, que já não é tão jovem, que os anos contam na economia do corpo, que as forças já não são as mesmas, que as lutas recrudesceram.
Tudo isso pode ser verdade, parcialmente. No entanto, por vezes, elegemos alguns itens como prioritários em nossa vida, sem que realmente o sejam.
Isso nos remete a um fato que ouvimos e que buscaremos narrar, ao sabor da nossa própria emoção.
Certo professor costumava reunir, com alguma frequência, seus alunos, extraclasse, a fim de estreitarem laços de amizade. Sua casa era, de modo geral, o local onde se encontravam.
Numa dessas oportunidades, os rapazes começaram a falar dos seus desencantos, do seu cansaço, do estresse de que se sentiam acometidos.
Todos falavam e a tonalidade era a mesma. Então, o diligente professor foi até a cozinha e preparou chocolate quente.
O dia estava frio e a bebida era propícia. Trouxe uma grande jarra com o chocolate quente e a colocou sobre a mesa da sala.
Ao seu redor, colocou canecas de tamanhos, cores e tipos diferentes. Umas eram grandes, coloridas, bonitas. Algumas de porcelana, outras de cristal, outras de barro.
Logo, os rapazes, ávidos por beber algo quente, começaram a se servir, escolhendo as mais caras e vistosas canecas.
E a conversa continuou.
Passado algum tempo, esgotadas as reclamações, tomou a palavra o professor:
Jovens, vejo que todos apreciaram o chocolate quente. Vocês se deram conta de que cada um, de forma rápida, procurou apanhar a caneca mais bonita, mais preciosa?
Embora vocês achem normal desejarem somente as melhores coisas para si, é aí que está a fonte de seus problemas.
A caneca não acrescenta nada à qualidade da bebida. Na maioria das vezes, é apenas mais cara. Às vezes, até esconde o que estamos bebendo.
No entanto, o que todos queriam era o chocolate, não é verdade?
A caneca é apenas o recipiente, que não tem o condão de alterar a substância que contém.
Vejam bem: o chocolate quente é a vida que Deus nos dá. Emprego, dinheiro e a posição na sociedade são as canecas.
São ferramentas que fazem parte da vida. As canecas que vocês têm nas mãos não definem, nem mudam a qualidade de vida que vocês vivem.
Às vezes nos concentramos nas canecas, deixamos de saborear o chocolate quente que Deus nos tem ofertado.
Lembrem-se de que Deus provê o chocolate. Ele não escolhe a caneca.
* * *
Lembremos que as pessoas felizes não são as que têm o melhor de tudo, mas as que fazem o melhor de tudo que têm.
Pensemos nisso e façamos a eleição das nossas prioridades.
Redação do Momento Espírita, com base em conto de autoria ignorada.
Em 01.06.2011.