Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Certo dia, uma jovem estava à espera de seu voo, na sala de embarque de um aeroporto. Como deveria esperar por muitas horas, ela resolveu comprar um livro para matar o tempo. Também comprou um pacote de biscoitos.

Depois, achou uma poltrona numa parte reservada do aeroporto para que pudesse descansar e ler em paz. Ao lado dela se sentou um homem.

Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um.

Ela ficou indignada, mas não disse nada. Pensou: Que sujeito abusado. E ainda sorri quando olho para ele.

A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um.

Aquilo a foi deixando sempre mais indignada. Tão incomodada que ela nem conseguia reagir.

Por fim, restava apenas um biscoito no pacote e ela pensou: O que será que o abusado vai fazer agora?

O homem sorriu outra vez, dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela.

Aquilo a deixou furiosa. Era o cúmulo! Ela pegou o seu livro, seus pertences e foi para o embarque.

Quando se sentou confortavelmente, no interior da aeronave, abriu a bolsa à procura de um espelho para ver como estava o seu rosto. Deveria estar vermelho de raiva!

Sua surpresa foi enorme. Ali, dentro da bolsa, fechadinho, estava o seu pacote de biscoitos.

Agora ela estava vermelha de vergonha. Quem estava errada o tempo todo era ela. E já nem havia tempo para voltar e pedir desculpas ao homem, a quem nem agradecera a gentileza de dividir os biscoitos.

Tinha ficado tão transtornada por pensar que eram os seus biscoitos que estavam sendo devorados pelo desconhecido e, no entanto, ele dividira sem mostrar preocupação alguma.

*   *   *

O fato nos leva a meditar em quantas vezes ficamos com raiva, perdemos nosso bom humor por pouca coisa. Até por coisa nenhuma.

Pessoas como o homem do aeroporto nos demonstram que o bom da vida é mesmo dividir, cooperar.

Afinal, se pensarmos bem, estamos todos numa mesma e grande escola, e pertencemos a uma grande,  numerosa e mesma família, que se chama Humanidade.

O correto mesmo é viver assim, dividindo, repartindo. Ter um sorriso sempre pronto na fila de embarque do aeroporto, na sala de espera do dentista, na fila enorme do supermercado, na fila do coletivo.

O mundo seria melhor se todos aprendêssemos a sorrir e a dividir mais.

*   *   *

A nossa busca deveria sempre ser no sentido de mais dar do que receber.

E todos somos capazes de nos comportar assim. Basta querer. E querer é fácil. Quem de nós, afinal, não deseja transformar o mundo à sua volta?

E o mundo somente se mudará se nos mudarmos, mudarmos as nossas atitudes.

Não foi outro o motivo que levou Francisco de Assis a dizer: É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é semeando amor que se recebe amor.

 

Redação do Momento Espírita, com base no texto Biscoitos, de autoria ignorada.

Em 13.05.2011.

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