Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Progresso moral

Há quem afirme que, embora os anos de Cristianismo, o homem continua o mesmo.

Afinal, abre-se o jornal e as manchetes noticiam crimes, corrupção, guerras. O homem continua lobo do homem.

Alguém chega a afirmar que, na atualidade, o homem está pior do que antigamente.

Não se sabe com exatidão esse antigamente quanto significa em anos ou séculos.

Contudo, é bom se analisar que o progresso intelectual antecede sempre o progresso moral. É assim que observamos as conquistas do homem no campo da tecnologia.

Das cavernas ele passou às construções dos modernos edifícios, de arrojadas linhas arquitetônicas.

Para transpor abismos concebeu as pontes. Venceu muitas batalhas e dominou várias enfermidades.

Transpôs as fronteiras do planeta e se aventurou no espaço. Conquistou a lua, lançou satélites. Concebe viagens para exploração espacial.

Adentra na intimidade dos oceanos para descobrir, a cada dia, a maior profundidade, a vida marinha abundante e sempre mais surpreendente.

Realiza microcirurgias. A todo momento, novas descobertas assombram os leigos. O homem avança a passos largos.

Não podemos concordar que o homem continua tão cruel e perverso como nos passados anos.

Houve, sim, crescimento moral. Basta que se pense nos dias em que os portadores da hanseníase, também chamada lepra, eram colocados para fora das cidades, segregados do convívio dos seus afetos, expulsos da comunidade.

Hoje, são tratados em hospitais, clínicas, ambulatórios e têm convivência social normal.

Os filhos de ninguém ontem eram relegados ao abandono. Hoje, o homem mais moralizado estabelece sistemas de apoio à mãe solteira, à gestante carente e ninguém pode conceber que se deixe entregue à própria sorte um pequenino ser, somente porque não nasceu sob cuidados paternos.

O amparo à velhice, a humanização do tratamento psiquiátrico, a luta pelo adeus a fórmulas de torturas antes aplaudidas e aceitas. Tudo nos conduz ao entendimento de que houve progresso moral.

Quando os gestos de barbárie, os atos de violência, a degradação dos costumes se apresentam, devemos considerar que numa terra tão grande, que recebe regularmente espíritos imigrados de outras dimensões, sejam ainda comuns tais comportamentos.

O que queremos dizer é que muitos dos que na atualidade procedem de forma totalmente destituída de humanidade, não são necessariamente os mesmos Espíritos que animaram os homens do passado.

E ao lado desses, criaturas há, e não são poucas, que todos os dias se erguem com o sol e se dedicam aos seus irmãos.

Observamos a proliferação dos serviços assistenciais de toda gama.

Homens e mulheres que se dispõem, em trabalho voluntário junto a pequerruchos e idosos, não somente lhes providenciando alimento, abrigo e vestuário, mas estendendo o gesto de carinho, que é alimento maior.

Voluntários que adentram hospitais e casas de saúde para fazerem companhia a enfermos.

Jovens que se organizam em grupos, ensaiam peças infantis para alegrar os meninos da rua, os doentes das clínicas infantis, os hóspedes dos orfanatos.

Sim, o homem cresceu moralmente. Há muito bem espalhado na Terra.

Há nobreza nos corações, solidariedade à espera do lançamento de uma nova campanha. Basta ter olhos de ver.

Olhemos.

 Redação do Momento Espírita, com base em artigo da revista
Reformador, de outubro de 1990 e no verbete Progresso, do livro Repositório
de sabedoria
, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal.
Em 1.5.2013.

 

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