Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Cortesia e respeito

Nunca será demais falar sobre cortesia e respeito. Em verdade, ambos bastante esquecidos na atualidade, perdendo cidadania a passos largos.

É comum as pessoas falarem muito alto no ônibus, nos restaurantes, em lugares públicos em geral, desrespeitando os demais.

E o mais delicado é que nem sempre a conversa é agradável. Às vezes se trata de críticas amargas ao governo, a parentes, a amigos.

Ou problemas familiares de difícil solução, desentendimentos entre cônjuges ou entre pais e filhos.

Tudo vai sendo extravasado em altos brados, como se não houvesse outras pessoas compartilhando do mesmo ambiente.

Não se sabe bem se a pessoa não tem condições de se ouvir e descobrir que está falando muito alto ou se ela deseja que os outros tomem conhecimento da sua problemática ou da sua revolta.

Adolescentes e jovens esquecem, quase sempre, quando se encontram em grupos, que os lugares públicos não lhes pertencem com exclusividade.

Por isso, gritam, dizem palavrões, falam de situações grotescas. Gesticulam, andam aos empurrões, esbarrando em idosos e crianças.

Isso torna difícil para as famílias o passeio a parques e outros locais públicos.

Como impedir que as crianças presenciem cenas tão indelicadas e ouçam um palavreado que não é habitual no seu lar?

E que dizer das discussões? Casais, amigos e colegas discutem seus problemas na rua, no estacionamento, em restaurantes, sem cerimônia alguma.

Uma escritora relatou que presenciou, em um restaurante, várias famílias deixarem pelo meio os pratos na mesa e se retirarem.

Tudo porque um casal resolveu brigar na mesa vizinha e não economizou o volume da voz. Muito menos o vocabulário grosseiro.

De maneira estranha, todos se sentem incomodados mas ninguém diz nada.

Alguns alegam que essas pessoas não estão infringindo a lei. E de fato não há lei que regulamente essas situações, que são uma questão de educação.

Mas o que está nos faltando é uma tomada de posição. A primeira, educando os nossos filhos no respeito às pessoas.

A segunda é nos manifestarmos, de forma educada, pedindo a essas pessoas que nos respeitem.

Bastaria um Por favor, falem mais baixo. Ou Eu não gostaria que meus filhos ouvissem o que estão dizendo.

Se todos passarmos a agir, essas pessoas terão que adotar uma nova postura, modificando-se e modificando o mundo.

*   *   *

Não acreditemos quando nos falarem que a cortesia saiu da moda.

Quem não gosta de receber um gesto delicado? Quem não nota quando um rapaz se ergue do assento e o oferece ao idoso cansado?

Quem não nota, com prazer, a pessoa que junta do chão um objeto e o devolve a quem deixou cair, sem haver se dado conta?

Quem não se sensibiliza com um Muito obrigado; Por favor; Desculpe?

Tenhamos certeza: a cortesia e o respeito nunca sairão de moda porque todos somos sensíveis à polidez, ao bom tratamento, a um sorriso, mesmo em meio a um possível caos.

Pensemos a respeito e comecemos a ser mais respeitosos, mais atenciosos com nosso entorno, mais polidos.

Comecemos hoje, não percamos a oportunidade.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo
 
Em nome da cortesia, de Seleções Reader's Digest,
 de janeiro de 2000.
Em 19.8.2021.

 

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