O pedagogo francês Allan Kardec afirmava que educar é a arte de formar caracteres. O conceito, embora sintético, traduz toda a complexidade da atividade de educar.
A ação de educar, no sentido amplo da palavra, que vai muito além do instruir, exige o esforço e a dedicação aplicados ao longo do tempo, em um processo contínuo e perseverante.
Será na observação e nos pequenos detalhes que a educação, que a formação do caráter se construirá. E o bom educador estará sempre atento aos passos do seu tutelado.
Porém, não é só na escola que nos educamos. E não são somente as crianças que precisam aprender algo.
Com cada um de nós se passa da mesma forma. Estamos todos no processo educativo, de aprendizado, para conhecer e entender as coisas de Deus, por toda a nossa vida.
Reencarnamos para, a cada experiência terrena, aprender um tanto mais, insculpindo em nossa intimidade o bem e a felicidade.
Mas, para isso, é necessário que passemos pelo processo do aprender, do educar-se.
Afinal, ninguém saberá ler sem o esforço inicial de conhecer o alfabeto, assim como ninguém será versado na matemática, sem o exercício contínuo de manipular os números.
Desta forma, as experiências na Terra sempre trazem consigo o convite ao aprendizado. E para que esse aprendizado aconteça é necessário que entendamos o que a vida nos propõe.
Algumas vezes, a doença desafiadora é o convite da vida para aprendermos a fé e a coragem.
Em outro momento, será a dificuldade financeira a nos ensinar a perseverança, a honestidade, a honradez.
Haverá momentos onde o parente difícil, o cônjuge exigente serão os caminhos que a vida oferecerá para o aprendizado da paciência, da humildade, da compreensão.
As discrepâncias sociais, o desequilíbrio econômico, que geram a miséria e a penúria, serão para nós o aprendizado da solidariedade e da generosidade.
A morte do ente querido, que retorna ao mundo espiritual apartando-se momentaneamente de nós, nos oferece a chance de aprendermos a resignação e a obediência frente aos desígnios da vida.
E as querelas e relacionamentos difíceis no trabalho e no ambiente familiar sempre oportunizarão o aprendizado da benevolência e do perdão.
Por isso, percebamos que a vida será sempre rica em oportunidades, qual uma escola a funcionar todos os dias, com os mais variados professores a nos oferecerem as lições necessárias.
E é Deus, como Pai amoroso, quem cuida do processo de aprendizado de cada um de nós, oferecendo-nos aquilo que melhor nos cabe, no momento mais adequado.
Assim, se as lições da vida baterem à nossa porta, algumas vezes desafiadoras, não temamos nem nos desesperemos.
Confiemos em Deus, o educador maior de todos nós, e apoiemo-nos Nele, através da oração, para que possamos melhor nos conduzir frente às lições.
Assim procedendo, os aprendizados se farão mais efetivos, e mais breves serão as estradas que nos levarão à felicidade e à paz daqueles que já conhecem e agem de acordo com as Leis de Deus.
Redação do Momento Espírita.
Em 18.02.2011.