Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone A escolha

Os amigos diziam que Jerry era um poço de otimismo. Com ele, não havia tempo ruim.

Toda vez que alguém o cumprimentava e perguntava Como vai você? A resposta pronta, vibrante era: Vou muito bem!

Os garçons de toda a cadeia de restaurantes que ele gerenciava, seguiam seu exemplo. Ele era verdadeiramente motivador.

Costumava dizer: Toda manhã, ao acordar, penso em que tenho duas escolhas a fazer: viver muito bem o dia ou viver mal.

Se acontece algo desagradável, posso escolher ser vítima da situação ou aprender algo com o ocorrido. Escolho a segunda opção.

Certo dia, um leve descuido o levou a deixar aberta a porta dos fundos do restaurante onde se encontrava.

Estava sozinho, em encerramento de expediente e três assaltantes armados entraram e o renderam.

Sob a mira das armas, tentando abrir o cofre, Jerry ficou nervoso e errou a combinação.

Fosse porque eles mesmo estivessem assustados, fosse porque ficaram com raiva por nada conseguirem, os ladrões atiraram várias vezes nele e fugiram.

Socorrido a tempo, depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry teve alta e voltou para sua casa.

Um amigo foi visitá-lo. E, entre outras coisas, lhe perguntou o que passara na sua mente quando os ladrões invadiram o restaurante e o subjugaram.

A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos.

Depois, enquanto estava baleado, estirado no chão, lembro-me que tinha duas escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer. Escolhi viver.

Os paramédicos foram excelentes e ficaram me dizendo que tudo ia dar certo.

Lembro que quando cheguei à sala de cirurgia, vi as expressões no rosto dos médicos e das enfermeiras. Em todos eu lia: "Ele perdeu muito sangue. As balas fizeram um estrago muito grande. É um homem morto."

Fiquei com medo. Sabia que tinha que fazer alguma coisa.

Então, uma enfermeira perguntou se eu era alérgico a algum produto.

Respondi afirmativamente.

Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente os preparativos, esperando pela complementação da resposta.

Respirei fundo e falei: "Sou alérgico a balas."

Enquanto todos riam, eu lhes disse: "Eu estou escolhendo viver. Operem-me como se eu estivesse vivo, e não morto."

Meses depois, com fragmentos de balas pelo corpo e muitas cicatrizes, continuava a ser a imagem do otimismo.

Ele sobreviveu graças à habilidade dos médicos mas, sobretudo, por sua atitude decidida.

*   *   *

A vida é a arte de bem escolher. Consiste em muitas escolhas.

Quando tiramos todos os detalhes e enxugamos a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas.

Podemos escolher como reagir nas situações.

Podemos escolher estar felizes ou ficar tristes, calmos ou nervosos.

Podemos escolher como as pessoas irão ou não afetar o nosso dia, o nosso humor, a nossa disposição.

Em resumo, a escolha sempre é nossa. Podemos mergulhar em reclamações ou apontar o lado positivo da vida e viver melhor.

A melhor escolha é a de viver em plenitude, viver por completo, aproveitando as lições para crescer.

Redação do Momento Espírita, com base no
texto
Atitude é tudo, de autoria ignorada.
Em 7.12.2023.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998