Afixado em um mural, estava o cartaz chamativo: Procura-se uma mulher.
Que mulher seria? O autor colocou em prosa o seu anseio nos seguintes termos: Minha procura não é algo fácil.
Em meu caminhar por este mundo tenho conhecido todo tipo de pessoas, de todas as condições sociais. Mas, no final das contas, somente tem-se tratado de pessoas e o que eu procuro é uma mulher.
Uma mulher que não tema ser forte, segura e independente, porque com isso não perde sua feminilidade, pelo contrário, toma o lugar que lhe corresponde na evolução do casal humano.
Uma mulher disposta a descobrir e desenvolver todos os seus valores em potencial porque nós, os homens, jamais amadurecemos emocionalmente se temos companheiras, mães, ou irmãs que dão pouca importância ao crescimento como pessoas. A evolução supõe um crescimento compartilhado.
Uma mulher preparada e decidida, que não somente saiba o que fazer, mas como e quando fazer, porque assim será um respaldo para mim como eu, com prazer, o serei para ela.
Uma mulher que me ajude a ver-me como sou, não como acredito que sou. Que tenha tato para dizer meus defeitos no momento em que estou mais receptivo, para que aceite a crítica construtiva e possa, assim, florescer como pessoa.
Uma mulher que seja terna, sem perder a firmeza. Séria, sem chegar a ser solene. Desejosa de superar, sem sentir-se superior. Doce, sem ser melosa.
Uma mulher que seja minha companheira em tudo, desde estender a cama juntos até o adentrarmos em uma aventura intelectual, passando pela experiência de trabalhar ombro a ombro e percorrer um parque de bicicleta.
Uma mulher que não se alarme se alguma vez me vir chorar. Quero recuperar essa capacidade de expressão reprimida. Que me anime a permitir-me ser frágil e a pedir ajuda mesmo sendo um homem forte.
Uma mulher que não se deixe utilizar e que nunca manipule outro ser humano incluindo seu companheiro, pois não tem fundamento cair em uma dependência destrutiva, quando existe a alternativa luminosa de um enriquecimento recíproco.
Uma mulher que saiba que o homem foi denominado o ser mais elevado dos viventes, mas que ela, como mulher, foi concebida como a mais sublime das criações do Universo.
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Sem dúvida, à mulher cabe uma importante quota de contribuição com a obra de Deus, oferecendo a sua sensibilidade e a sua inteligência em favor da vida.
Muito a propósito é a afirmação do Espírito da Verdade, na obra O Livro dos Espíritos, quando alerta que a tarefa delegada para a mulher é mais importante que a do homem.
Isso porque cabe a ela conduzir os homens, dando-lhes as primeiras noções de vida.
Quando a mulher se decidir a educar e amar, instruir e orientar com firmeza e disposição, o mundo, mais rapidamente, mudará para melhor.
Redação do Momento Espírita com base no cap. Uma mulher, de Rafael Martin del Campo, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana e no cap. 13 do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 12.01.2011.