Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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ícone Versões de um comportamento

Todos nós possuímos um tesouro inestimável. Chama-se corpo humano. É uma máquina especial, dotada de tantas utilidades que o homem já concluiu que necessita estudá-lo muito ainda para descobrir tudo de que ele é capaz.

A nossa capacidade cerebral, por exemplo, não é utilizada senão em parte.

Com tal preciosidade, no entanto, não nos preocupamos o quanto deveríamos. Falamos de como o violentamos, em nosso dia a dia.

Por exemplo, existem pessoas que se dizem difíceis de serem provocadas. Aparentam calma, sangue frio e ouvem provocações descabidas, sem entrarem em uma briga.

Dizem que não vale a pena aceitar a provocação alheia, se desgastar em função de desequilíbrios que o outro esteja vivenciando.

Têm razão. Poupam-se assim de adquirir problemas graves para sua saúde, como seja, um mal-estar gastrointestinal, com cólicas, dores no estômago, dores de cabeça.

Outras criaturas, entretanto, aceitam facilmente qualquer provocação. Basta um pequeno esbarrão, entrando no ônibus, alguém que passe à sua frente em uma fila de espera qualquer, uma ultrapassagem no trânsito, para comprarem uma briga.

Alteram-se, xingam e, mesmo depois do pretenso mal-educado se retirar do local, continuam despejando o fel da sua raiva por sobre os que as rodeiam.

Falam sem parar, fazem gestos exagerados e, se eventualmente, a outra pessoa aceitar o desafio, partem para as vias de fato. A violência explode em tapas, socos e até uso de arma.

Essas pessoas com dificuldade retornam ao estado anterior, de mais ou menos normalidade, ou de normalidade aparente.

Mal imaginam que, enquanto pretendem agredir, estão a si mesmas fazendo grande mal. Um ataque de raiva descarrega na corrente sanguínea tal quantidade de tóxicos que, após tudo tranquilizado, prossegue envenenando órgãos nobres do corpo.

Durante um acesso de ira, dezenas de neurônios, células cerebrais delicadas, podem ser destruídas.

Enquanto a adrenalina circula em abundância, o coração bate descompassado e, por se tratar de uma bomba frágil, sofre avarias. Dessa forma, as pessoas que se enraivecem e brigam com facilidade são mais propensas a problemas cardíacos.

Um ministro da saúde de nosso país já teve oportunidade de afirmar que o trabalho não mata. O que mata é a raiva.

E tem razão. A raiva é responsável pela instalação no organismo físico de muitas enfermidades. Enfermidades que, mais cedo ou mais tarde, conduzirão a criatura à diminuição de sua capacidade mental e física. Na sequência, para a morte prematura.

Sábio foi o Mestre Jesus que nos ensinou a mansuetude, a calma, a paciência ante todas as situações.

*   *   *

Com calma em nosso cotidiano, evitaremos as indisposições com terceiros, as irritações na via pública, a agressividade no trânsito da cidade, bem como os estresses desnecessários dentro do lar.

Com calma entenderemos cada ocorrência à nossa volta e cada pessoa em nosso caminho.

Guardemos a certeza de que, com calma, nada perderemos em nossa trajetória humana.

Seja qual for a situação que nos convide à ação, à tomada de atitude, façamos com calma, com muita calma e aguardemos a colheita dos frutos da saúde e da paz.

 Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais
do cap. 7, do livro
Para uso diário, pelo Espírito Joanes,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 12.2.2020.

 

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