Ao longo das idades, os homens têm guerreado em nome das diversas crenças. Por não adorarem a Deus de forma idêntica, agridem-se mutuamente.
Afirmando amar ao Senhor da vida, destroem-se uns aos outros, em disputas sangrentas por entendimentos diferentes acerca de pontos religiosos.
Em nome do Deus, que afirmam servir, erguem imensas muralhas, distanciando-se dos que O interpretam de maneira diversa.
Assim fecham-se as criaturas ao verdadeiro amor, separando-se em doutrinas várias.
E, no entanto, o mais importante não é crer, é ser.
Ser cristão autêntico.
Pasteur afirmava não crer em Deus, mas deu a sua vida a bem da Humanidade, mais do que muitos dos que se dizem cristãos.
Albert Schweitzer era protestante. Ofereceu a sua vida em Lambarené, na África, em favor dos seus irmãos negros a quem amou até a exaustão.
Poderia ter permanecido na Europa, que o aplaudia tanto nos discursos inflamados quanto nas apresentações artísticas, ao piano.
Madre Teresa de Calcutá era católica e foi servir a Jesus nas vielas abandonadas do mundo, atendendo os pobres mais pobres, nunca indagando em que eles acreditavam.
Francisco Cândido Xavier tornou-se um servidor da Humanidade, disseminando as luzes da Boa Nova, intérprete dos Espíritos luminares que se tornou.
Irmã Dulce, na Bahia, ergueu-se como a mãe dos aflitos. Aos treze anos deixou os amigos das brincadeiras para atender mendigos e enfermos. Nunca mais parou. Ao morrer, em 1992, deixou erguido um hospital de mil e cem leitos, que continua atendendo diariamente a muitas pessoas.
Padre Damião de Vesteur, jovem ainda, embrenhou-se na ilha de Molokai e foi atender aos seus irmãos portadores de hanseníase.
Dava-lhes os remédios para as suas feridas e ulcerações físicas bem como o conhecimento de Jesus, de quem era embaixador.
Tanto os amou que desejou tornar-se um deles e o dia em que descobriu ser portador da enfermidade, saiu a cantar de alegria pelas vielas da ilha.
Dos laboratórios ao interior dos templos, das Universidades aos locais mais infelizes, os que simplesmente amam, seguem Jesus, embora, por vezes, afirmem desconhecê-Lo.
Jesus prossegue sendo o grande farol que ilumina o mar dos tormentos, o oásis de bem-aventuranças que a todos recebe, o oceano da paz que a todos dulcifica.
* * *
Em certa oportunidade, os Apóstolos foram informar a Jesus que havia um homem que curava os enfermos, em nome Dele.
Mas, como esse homem não pertencia ao colegiado apostólico, os Apóstolos lhe disseram que ele deveria deixar de exercer as curas.
A resposta de Jesus foi a seguinte:
Não o proíbam. Ninguém que realize curas em meu nome, pode falar mal de mim, portanto, todo aquele que não é contra nós, é por nós.
Redação do Momento Espírita, com citação do
cap. 9, versículos 36 a 39 do Evangelho de Marcos.
Em 28.09.2010.