Você costuma tomar decisões inteligentes mesmo sob grande pressão emocional?
Decidir com inteligência em horas difíceis é uma arte que poucas pessoas cultivam.
Mas seguramente há exceções felizes, como o caso daquela norteamericana que passou por momentos de grandes dificuldades e extremada dor.
Numa noite em que voltava para casa, foi surpreendida por uma criatura bestializada e infeliz que a violentou e depois a golpeou com inúmeras facadas, deixando-a semimorta à beira do caminho.
Antes, porém, de abandoná-la, disse-lhe que não a mataria somente para que ela viesse a suplicar para morrer, logo mais, tamanhos seriam os ferimentos.
Encontrada por algumas pessoas, foi conduzida ao hospital e, depois de várias cirurgias e tratamentos adequados, ela foi para casa.
Como o caso havia ganho espaço nos noticiários por vários dias, uma televisão local foi entrevistá-la, tão logo soube que já estava de volta ao lar.
O jornalista, esperando arrancar-lhe palavras de queixas, de ódio e revolta, lhe fez a seguinte pergunta:
Como é que você consegue dormir depois do que lhe aconteceu? Você não tem pesadelos?
Ela respondeu com toda a sabedoria de quem sabe tomar decisões inteligentes:
Aquele monstro conseguiu roubar uma noite de minha vida, não permitirei que me roube as outras.
Ele conseguiu deixar as marcas da violência em meu corpo, mas a minha alma eu não permitirei que ninguém violente.
* * *
Outra decisão inteligente foi a de uma moça que teve seus documentos e algum dinheiro roubados numa viagem à Europa.
Fora para um Congresso de vários dias e, logo no primeiro, aconteceu o fato.
Seus amigos estavam apavorados. Ela, no entanto, mantinha-se serena o tempo todo.
Um deles, entretanto, percebendo que ela não se alterara lhe perguntou:
Como é que você consegue ficar tão calma diante dessa situação?
Ela respondeu simplesmente:
Os ladrões conseguiram roubar meus documentos e uma parte do dinheiro, mas eu não permitirei que roubem também a minha paz, pois já basta o prejuízo.
De fato, nós a encontramos depois de alguns meses no Brasil e ela já estava com toda a sua documentação em dia e nos falou com satisfação:
Viu como eu tinha razão? Se tivesse perdido a tranquilidade naquela oportunidade, não aproveitaria a viagem e ainda teria perturbado os companheiros que estavam comigo, e depois, certamente, me arrependeria.
* * *
Muitas vezes tomamos decisões precipitadas que somente nos trazem maior soma de dissabores.
Conforme o dito popular: O que não tem remédio, remediado está.
Mas, na grande maioria das vezes que decidimos sem os critérios da razão, só conseguimos é nos infelicitar ainda mais.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita
Em 03.09.2010.