Conta-se que um homem muito rico, ao morrer, deixou suas terras para os seus filhos.
Todos eles receberam terras férteis e belas, com exceção do mais novo, para quem sobrou um brejo inútil para a agricultura.
Seus amigos se entristeceram com isso e o visitaram, lamentando a injustiça que lhe havia sido feita.
Mas, ele só lhes disse uma coisa: Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
No ano seguinte, uma seca terrível se abateu sobre o país e as terras dos seus irmãos foram devastadas. As fontes secaram, os pastos ficaram esturricados, o gado morreu.
No entanto, o brejo do irmão mais novo se transformou num oásis fértil e belo. Ele ficou rico e comprou um lindo cavalo branco por um preço altíssimo.
Seus amigos organizaram uma festa porque algo tão maravilhoso lhe havia acontecido.
Mas, dele só ouviram uma coisa: Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
No dia seguinte, seu cavalo de raça fugiu e foi grande a tristeza. Seus amigos vieram e lamentaram o acontecido. Mas o que o homem lhes disse foi: Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Passados sete dias, o cavalo voltou trazendo consigo dez lindos cavalos selvagens. Vieram os amigos para celebrar esta nova riqueza, mas o que ouviram foram as palavras de sempre: Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
No dia seguinte, o seu filho, sem juízo, montou um cavalo selvagem. O cavalo deu um salto e o lançou longe. O moço quebrou uma perna. Voltaram os amigos para lamentar a desgraça. Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá, o pai repetiu.
Passados poucos dias, vieram os soldados do rei para levar os jovens para a guerra. Todos os moços tiveram de partir, menos o seu filho de perna quebrada. Os amigos se alegraram e vieram festejar.
O pai viu tudo e só disse uma coisa: Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
* * *
Dentro da nossa percepção acanhada, muitas vezes não sabemos mensurar o que é bom ou o que é mau, considerando a eternidade da vida.
E é por causa da nossa falta de visão que, por vezes, julgamos ser bom o que só nos acarretará dor no futuro.
Aqueles que se julgam espertos o bastante para tirar proveito de cargos e situações, a si mesmos se iludem, pois o futuro lhes cobrará ceitil por ceitil.
Aqueles que hoje ganham altos salários e pouco retribuem em forma de trabalho, terão que, no futuro, trabalhar muito e receber apenas o necessário para sobreviver.
Os que dão um jeitinho de se aposentar antes do tempo, serão obrigados pelas Leis Divinas a, no futuro, trabalhar até que as forças físicas cessem.
Por outro lado, os que hoje sofrem e se consideram esquecidos por Deus, num futuro mais ou menos breve, terão de volta as promissórias devidamente quitadas pelas Leis Maiores.
Aqueles que hoje são visitados por enfermidades graves e pensam que isto é um grande mal, não se dão conta de que são as impurezas do Espírito sendo drenadas pelo corpo físico e que, num futuro próximo, terão mais brilho espiritual.
Por essas e outras razões, antes de julgar fatos e situações, façamos como o homem prudente da história e ponderemos sempre:
Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
* * *
Quando Jesus afirmou que a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória, Se referia à Lei de Causa e Efeito.
Sendo assim, é muito importante selecionar as sementes que hoje plantamos, sem a ilusão de que é possível burlar as Leis de Deus.
E não nos esqueçamos de que, se hoje colhemos frutos amargos e indigestos, eles fazem parte da nossa semeadura do ontem.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem
recebida de Rosimeri Stupp, pela Internet.
Em 13.08.2010.