A natureza nos oferece grandes e belos ensinamentos. Basta que prestemos atenção aos detalhes.
Vejamos, por exemplo, a questão da semente e do fruto.
É possível que, de imediato, tenhamos pensado nas sementes de trigo, milho, cevada, feijão.
Vimos, com certeza, muitas vezes, os campos em frutificação maravilhosa.
Como essas que, lançadas à terra, germinam e dão frutos a trinta, sessenta e até cem por um, existem outras que espalhamos, por vezes, sem nos darmos conta.
São as sementes que lançamos no mundo, com nosso bom ou mau proceder.
Vejamos que há sementes de germinação rápida, como a da couve, por exemplo. E há outras de germinação lenta, como a do carvalho.
Todas, porém, nascem, crescem e dão fruto em seu devido tempo.
Assim acontece com a nossa sementeira do bem e do mal. Algumas sementes nascem de pronto, outras são de germinação tardia.
A terra não guarda nenhuma semente viva em seu seio. Todas as que ali são lançadas, são restituídas com seus respectivos frutos.
Fenômeno semelhante ocorre no terreno espiritual: o bem ou o mal, a verdade ou a mentira, o amor ou o desamor, a justiça ou a injustiça, uma vez semeadas, nascerão fatalmente e darão frutos conforme suas respectivas espécies.
Jesus, o grande Sábio da Humanidade, falou-nos, oportunamente, a respeito disso, dizendo que uma árvore boa não dá frutos maus e uma árvore má não pode dar bons frutos.
E frisou que não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos espinhos.
Tudo isso quer dizer que o que semeamos hoje, colheremos logo mais, assim como a colheita de hoje resulta do plantio feito no passado, que pode ser próximo ou remoto.
É por essa razão que são necessárias várias existências para plantar e colher, preparar o solo e semear novas sementes.
E essa Lei de Causa e Efeito, ou de Ação e Reação, tem por finalidade o nosso progresso intelectual e moral.
Quando colhemos os frutos amargos das semeaduras infelizes, aprendemos a selecionar melhor as sementes para os plantios futuros.
Exatamente isso é o que Deus espera de cada filho Seu.
Dessa forma, de existência em existência vamos aperfeiçoando nosso campo íntimo, arrancando as ervas daninhas e cultivando a árvore das virtudes.
Pela semeadura de hoje podemos precisar como será nossa colheita futura.
Isso também nos diz que não podemos lançar a culpa em ninguém pela colheita que estamos fazendo hoje, desde que somos os únicos responsáveis por ela.
Uma lei da natureza nos assegura isso: não se pode colher senão aquilo que foi plantado.
Tratemos, pois, de tomar os devidos cuidados com as sementes que estamos lançando no solo nos dias atuais.
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No dia que surge, no campo das emoções, semeemos a paciência, o perdão, a compaixão.
Elas brotarão vigorosas, plenas de flores e frutos que nos saciarão a fome do aconchego e os benefícios da misericórdia alheia, no caminho que nos cabe percorrer.
Semeemos boas sementes para colher frutos de bem-aventurança logo mais, ou num futuro próximo.
Nenhuma semente se perde no solo das vibrações. Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita com base no cap.
A semente e o fruto, do livro Em torno do Mestre,
de Vinícius, ed. FEB e no Evangelho de Lucas,
cap. 6, vers.43.
Em 4.8.2022.
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