Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Os inferiores

Os cães são considerados os melhores amigos do homem, mas algumas raças são especialmente agressivas.

O Pitbull, por exemplo, que foi desenvolvido na Inglaterra, no século XIX, a partir da seleção de cães vencedores de brigas de animais, é um briguento por natureza.

O Rottweiler não deixa de assustar. A pressão de sua mordida chega a duas toneladas.

Embora a genética influa no comportamento animal, o que especialistas garantem é que os responsáveis pela violência dos cães são os seus donos.

Sabe-se de cachorros especialmente treinados para a agressão. Dizem que o objetivo é proteger o dono e seus valores. Por vezes, no entanto, ele acaba agredindo pessoas inocentes ou descarregando seu estresse sobre uma criança desprevenida e descuidada.

Há os que apreciam passear com suas pequenas feras, pelas ruas, alheios ao perigo ambulante. Orgulham-se da sua ferocidade.

Contudo, os cães agressivos poderiam ser educados desde suas primeiras semanas de vida, não fosse o egoísmo dos homens.

E não é somente com os cachorros, que agimos de forma incorreta. Embora a proibição e o zelo das autoridades, descobre-se vez ou outra animais selvagens confinados em apartamentos ou espaços muito pequenos.

São tartarugas que acabam com seus cascos amolecidos, pela falta de cuidado e ausência de local adequado à sua natureza.

São saguis estressados por viverem em gaiolas pequenas ou encerrados em áreas de serviço, em edifícios nobres.

Araras com suas penas multicoloridas estragadas pelo atrito constante junto a barras de metal de cubículos improvisados.

Ouve-se falar de animais com as mais variadas doenças, exigindo cuidados especiais dos profissionais da área.

Diga-se de passagem, doenças que não se apresentariam se esses animais vivessem em seu meio natural ou se fosse respeitada sua natureza pelo homem.

Possuidor de razão e senso moral, ao homem compete zelar pelos seus irmãos inferiores, os animais, deles se servindo em suas necessidades, sem abuso ou descuido.

Infligir aos animais sofrimentos desnecessários, privá-los da liberdade, submetê-los a treinamentos desgastantes para que atendam a nossa vaidade, é falta grave que o homem deverá resgatar, no tempo.

Colocados ao lado do homem para servi-lo, os animais têm, através dos séculos, cumprido sua tarefa, fornecendo-nos alimento, agasalho, proteção.

Compete-nos, na qualidade de seres morais, preservarmos as espécies, importando-nos com seu bem-estar, desde que foram criados por Deus e confiados à nossa guarda.

*   *   *

Existem divertimentos que são verdadeiros delitos. Por exemplo, maltratar, sacrificar animais selvagens ou domésticos, aves e peixes, por simples recreação ou competições.

Também é incorreto exigir trabalho excessivo dos animais, cabendo-nos lhes dar assistência em suas necessidades.

Como a luz do bem deve brilhar em todos os planos, os animais nos merecem socorro em suas enfermidades, sem desprezar recursos terapêuticos.

Redação do Momento Espírita.
Em 18.3.2023.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998