Quando chega o final do dia, depois das lutas, dos trabalhos exaustivos, você procura o seu lar.
Não importa como ele seja, uma casa pequena, um apartamento modesto, uma enorme mansão. É seu lar. O lugar onde você se sente verdadeiramente à vontade, em casa.
Você convive com os seus familiares, escuta as novidades da esposa e dos filhos. Brinca com os pequenos, dá uma olhada nas tarefas escolares dos maiores, dá um beijo de boa noite no caçula.
Você assiste ao jornal da noite, dialoga com a esposa e estabelece planos para as atividades do dia seguinte.
Finalmente, você se prepara para dormir. Banho tomado, relaxado, você busca o seu leito, ajeita as cobertas, o travesseiro e se deita.
Espere um pouco. Não está faltando alguma coisa? Você teve um dia de muitas horas cheias de trabalho, entrevistas, decisões.
Você alimentou o seu corpo, abraçou os seus amores, compartilhou decisões importantes com sua esposa. O dia está por findar. Que tal fazer um exame de consciência para avaliar como foi o seu dia?
Faça para você mesmo as seguintes perguntas: Será que cumpri, neste dia, com todos os meus deveres?
Pense: deveres profissionais, sociais, familiares.
Durante o dia não terei dado motivo para alguém se queixar de mim? Fui bom colega de trabalho, profissional correto, cidadão honrado, pai compreensivo, esposo amável?
Terei feito alguma coisa que se fosse feita por outra pessoa eu censuraria? Pratiquei alguma ação, que tenho vergonha de confessar a quem quer que seja?
Finalmente, se Deus me chamasse agora, estaria preparado para adentrar o mundo espiritual?
As perguntas acima fazem parte da resposta de uma questão de O livro dos Espíritos, ditada pelo Espírito Santo Agostinho. Diz ele que era seu hábito fazer um exame de consciência, ao fim de cada dia, passando em revista o que havia feito.
As respostas serão motivo de repouso para a consciência de quem as formula ou indicarão um mal que deve ser curado.
Realizar tal tarefa todas as noites é como fazer um balanço da sua jornada moral, exatamente como o negociante, a cada dia, faz o balanço das suas perdas e lucros e traça diretrizes de ação para que o próximo balanço se apresente melhor.
Aquele que puder dizer que a sua jornada foi boa, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida, a qualquer momento.
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Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Por isso, o conselho de Santo Agostinho se reveste de muita importância.
Interrogando com mais frequência a nossa consciência, poderemos verificar quantas vezes falimos sem nos dar conta.
Conforme as respostas, poderemos avaliar a soma do bem e do mal que existe em nós e, a cada dia, nos dispormos a melhorar naquele ponto do nosso caráter que descobrimos mais frágil.
Se todos os dias trabalhamos para ajuntar o que nos dê segurança na velhice, não será igualmente vantajoso que trabalhemos para nos melhorar, com o objetivo de conquistar a felicidade eterna?
Redação do Momento Espírita, com base no item 919a, de O
livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 14.1.2013.