Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O Pai

 

 

O livro dos Espíritos, publicado em 1857, em sua primeira pergunta, traz à baila a questão acerca de que é Deus?

Verdade que, até então, as doutrinas sempre haviam indagado acerca de quem era Deus, entendendo-O como uma personalidade, um personagem.

A resposta é sucinta e inquestionável: Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

Através dos tempos, muitas têm sido as definições sobre Deus.

O Apóstolo João, Evangelista, teve oportunidade de afirmar que Deus é amor.

Contudo, ninguém melhor do que Jesus O traduziu para nós. Ele nô-lO apresenta como nosso Pai. Assim, Deus não é o injusto e parcial que escolheu somente um povo para proteger contra todos os demais. É o Deus do Universo.

Acima dos preconceitos da Sua época, Jesus demonstra a universal paternidade de Deus. Reserva para Ele um nome doce: Pai.

E O chama Meu Pai e vosso Pai.

Ao pregar Sua moral, frisa: Sede perfeitos como perfeito é vosso Pai, que está nos céus.

Descreve-O como o Deus misericordioso que faz crescer a erva do campo, vestindo-a com maior pompa do que as vestimentas do grande rei Salomão.

O Pai que ama a Seus filhos e que por eles vela. Que providencia alimento para as aves do céu, que não semeiam, nem aram.

Ao lecionar-nos a forma de orar, afirmou: Quando orardes, entrai em vosso quarto, e, fechada a porta, em segredo, orai a vosso Pai, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos dará a recompensa.

E Ele mesmo iniciou a oração com os vocábulos: Pai nosso...

Referindo-Se à revelação mediúnica do Apóstolo Pedro acerca da Sua identidade como o Cristo, Filho do Deus vivo, diz: Bem-aventurado és, Simão, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.

Para nos dar a ideia da grandeza do Pai, preconizou: Ninguém conhece o Pai, senão o filho, Ele mesmo, Jesus.

Quando falou das bênçãos do trabalho, mostrou-nos Deus como o trabalhador incansável que labora sempre a favor dos Seus filhos: Meu Pai trabalha até hoje, e eu trabalho também.

Dando testemunho de que era Enviado da Divindade, diz: Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. As obras que eu faço dão testemunho de mim, de que o Pai me enviou.

Ao despedir-Se na ceia pascal, afirma aos discípulos: Eis que vou para meu Pai. E dirigindo-Se aos céus, ora: Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.

Enfim, Jesus, com Sua revelação de Deus aos homens, funda a consolação suprema, demonstra o apoio que cada um tem no Pai nos céus. Finalmente, que ninguém está só, pois o Pai está sempre com cada um dos Seus filhos.

*   *   *

Em muitos momentos de Sua vida, Jesus falou que viera para fazer a vontade de Seu Pai, não a Sua.

Encontramos nos apontamentos de João: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra.

No Jardim das Oliveiras, pouco antes de ser preso, antevendo Seus padecimentos, dá-nos a lição de como nos devemos portar perante as nossas dores.

Ele assim se expressa: Não se faça a minha vontade, mas a Tua.

 

Redação do Momento Espírita, com citações do cap. IV, versículo 34 e cap. XV do Evangelho de João e do capítulo XXII, versículo 42 do Evangelho de Lucas.

Disponível no cd Momento Espírita, v. 19 e no livro Momento Espírita, v. 9, ed. Fep.

Em 05.08.2011.

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