Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Evite atropelar-se
 

Você se considera uma pessoa tranquila, ou sente-se ansiosa com frequência?

É digna de observação a maneira como as pessoas, de modo geral, se conduzem nas lidas cotidianas, nos diferentes compromissos e atividades que tenham que atender.

Tudo parece estar assinalado por temível fator de ansiedade, desde que bem poucas, pouquíssimas mesmo, são as almas que não se deixam minar pela ansiedade.

Essa ansiedade imprime em alguns tal destrambelhamento nervoso que o indivíduo se põe estático; tenso e preocupado com o que tem à sua frente para fazer, para esperar, para encarar.

Embora a tensão, não consegue tomar decisões; não consegue fazer nada. Como se estivesse em estado de choque.

Outras pessoas, quando visitadas pela ansiedade, ficam superexcitadas, disparam numa tormenta mental, numa confusão de pensamentos e sentimentos que surgem na mente quase que a um só tempo.

Essa ansiedade é responsável, na maioria das vezes, pela agitação ou excessiva pressa em que se ajustam.

No dia-a-dia terreno, principalmente nos grandes centros urbanos, as pessoas correm daqui para ali, de um para outro lado, em tal nível de tensão do sistema nervoso que dão a impressão de que vão explodir ou implodir, de conformidade com o nível da ansiedade gerada.

Encontramos a excitação e correria naqueles que dirigem veículos nas ruas; nos que esperam nas filas; nas atividades e tarefas domésticas; nos que caminham pelas vias públicas; nos que têm o dever de administração ou controle, em várias situações da vida.

Se você se considera uma pessoa ansiosa e deseja deixar de ser, é preciso fazer pequenos esforços diariamente.

Evite, assim, atropelar-se nas rotas do mundo, habituando-se aos exercícios mentais de harmonização íntima por meio da oração, da meditação séria, da reflexão útil.

É de grande utilidade o esforço para a autodisciplina, a fim de que se alcance o nível desejado de integração com as Leis de Deus.

Dessa maneira, aprenda a sair mais cedo para o trabalho, para os deveres sérios, evitando os excessos de adrenalina que impõem correr aqui, ali, em tudo e para tudo.

Busque alimentar-se, alimentando-se, estudar, estudando com atenção, dirigir veículos automotores ou não, quaisquer que sejam, com a necessária tranquilidade e calma.

Evite a tortura de querer fazer tudo ao mesmo tempo, aprendendo a fazer cada coisa por sua vez, desenvolvendo-se para melhor contribuir com o progresso geral.

Evite criar o costume de atrasar-se em tudo, porque você aprenderá a justificar todas as vezes, fazendo do seu atraso marca de sua personalidade.

Os atropelos humanos procedem, quase sempre, de mais ou menos grave estado de desorganização interior a refletir-se em tudo quanto o desorganizado faz.

O trabalho de reorganização íntima, a ser iniciado pelos pensamentos, é algo trabalhoso e demorado, e ninguém precisará criar novos procedimentos ansiosos para ter acesso a tal estado.

As ações atropeladas são características de pessoas imprudentes, agitadas, desastradas, indisciplinadas sempre.

O tempo que você aprende a homenagear, utilizando-o com dignidade, respeitosamente, é o mesmo que deporá a seu favor perante a consciência superior da vida, mostrando o quanto você cresceu, o quanto avançou e amadureceu, sem causar prejuízos a nada e a ninguém.

*   *   *

Exercite-se na paz diariamente.

Quando vir que se desarmoniza, que se excita por nada e que está com os nervos à flor da pele, não demore em buscar o auxílio da prece; procure um ambiente que lhe inspire suavidade, para que leve adiante o seu feliz exercício da auto-harmonização.

Busque a paz por dentro d'alma.

Evite atropelar-se, porque você não resolverá nada assim, pois tudo será solucionado na hora certa, com as providências devidamente tomadas, sem atropelos.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita, com base
 no cap. 17, do livro Para uso diário, pelo
 Espírito Joanes, psicografia de
Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 07.06.2010.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998