Na atualidade, prima-se pelo culto ao corpo. Esmeram-se os jovens em exercícios por horas, a fim de adquirirem o que chamam de corpo perfeito.
Para esculturarem as formas físicas, dedicam-se a exaustivas horas de exercícios em aparelhos apropriados.
Por vezes, cometem descuidos graves, a fim de atingirem mais rapidamente seus objetivos, quais sejam a ingestão de determinados produtos, agressivos à saúde.
Para que possam exibir uma cor invejável no verão, utilizam-se de bronzeadores e horas certas de exposição ao sol.
De outras, se submetem a longos períodos sob luzes artificiais, esquecidos de que tudo deve acontecer de forma gradual, prudente.
Alguns têm como objetivo alcançar prêmios em disputas que vão desde o jogo amistoso àquele de caráter internacional, onde circulam milhões de reais, além da fama mundial.
Pais preocupados com seus filhos, cedo os matriculam em aulas de natação, judô, ballet, futebol, desejando que se tornem exímios desportistas, lutadores, bailarinos.
Quiçá, até, possam um dia, honrar as cores da bandeira pátria, em solo estrangeiro, trazendo o peito coberto das medalhas alcançadas em olimpíada ou outros eventos de semelhante retumbância.
Louvável que se cuide do corpo e que se dedique a ele o tempo devido, preocupando-se com a alimentação, praticando esportes e atentando para a higiene.
Importante, contudo, não esquecermos de que, tanto quanto o corpo físico, a alma igualmente necessita de cuidados.
Desta forma, enquanto o corpo se exercita em longas caminhadas, a alma pode encetar a marcha do dever retamente cumprido.
Ante o exercício dos remos para o físico, pode a alma estabelecer a regata de suor no trabalho digno.
Assim também o exercício do devotamento ao estudo, o salto do esforço pela melhoria interior, vencendo obstáculos, em verdadeira corrida, em que o prêmio final é a perfeição.
Para as boas obras, a maratona da boa vontade e o torneio da gentileza, no trato com o semelhante.
Nas piscinas largas do mundo, onde a injúria impera e a calúnia estende tentáculos, o mergulho nas águas do silêncio.
Em todos os momentos, a ginástica da tolerância perante as agressões gratuitas e as ofensas sem par.
Enfim, nas provas de cada dia, a demonstração da resistência moral, de quem segue Jesus.
Todos esses esportes do Espírito podem ser praticados em qualquer idade e sob quaisquer condições, mesmo as que possam parecer as mais adversas.
E, acreditemos, nesses campeonatos, o prêmio será luz em nossos corações, a brilhar para sempre.
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Exercícios diários de reflexão e contenção dos impulsos da nossa personalidade inferior plasmará em nós condicionamentos íntimos, que nos concederão calma e equilíbrio, gerando harmonia interior e paciência.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Desportos, do livro Estude e viva, pelos
Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
ed. Feb e no verbete Exercício do livro Repositório de sabedoria, v.1, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 15.05.2009.