Todos nós deveríamos ter e manter o compromisso de aproveitar todo o tempo que tivermos para nosso crescimento moral e intelectual.
Esse crescimento é essencial. O restante será consequência do esforço que fizermos nessas direções.
No entanto, muitos de nós nos acomodamos em posições mentais limitadas, nas quais, literalmente, nos aprisionamos.
Vejamos quantos de nós afirmamos não saber dirigir um veículo, não saber cozinhar, não saber costurar, não saber tocar um instrumento musical, não saber...
Se pensarmos em estudos regulares, descobrimos que muitos afirmamos não ter conseguido aprender essa ou aquela matéria e nos damos por felizes por termos sido aprovados, não nos importando que o conhecimento real tenha sido quase nulo.
E, um agigantado número de nós não demonstramos interesse pela própria língua pátria, cometendo erros básicos com a maior naturalidade, na fala ou na escrita, com a justificativa de que o importante é nos comunicarmos.
Vários dos que pertencemos a esse rol de pessoas, estranhamente, não fazemos o menor esforço para mudar esse quadro, seja porque estamos paralisados com nossas dificuldades, ou talvez, estejamos acomodados, em nossa preguiça.
Alguns prometemos que, ao nos aposentarmos, retornaremos à escola, para completar estudos superiores. Ou, então, afirmamos que, assim que conseguirmos administrar nosso tempo, faremos aquele curso de línguas, de belas artes, de trabalhos manuais.
Em verdade, as horas se multiplicam, os dias se consomem nos meses, e não tomamos a iniciativa.
A mente humana é maravilhosa, com enorme capacidade de aprendizado, sendo o mais perfeito computador que a natureza poderia produzir.
É muito importante para o progresso individual, e para a autovalorização, que busquemos aprender tudo de positivo que estiver ao nosso alcance, ao longo de nossa vida.
Nunca é tarde para voltar a estudar uma matéria que não foi adequadamente aprendida; ou para reiniciar, com afinco, o estudo de algo que nos pareça intransponível, na busca da nossa autossuperação.
Nunca é tarde para iniciar o hábito da boa leitura que, além de cultura, nos ensina, de maneira prazerosa, a língua pátria.
Nunca é tarde para desenvolver o interesse por bons filmes, por peças de teatro, por boa música, mantendo-nos curiosos e de mente aberta, como num reviver dos dias mágicos da infância.
Poderemos, até mesmo, servir de exemplo para familiares e amigos.
Lembremos de que tudo o que aprendemos, hoje, nos servirá de base para o aprendizado no futuro, pois o conhecimento é cumulativo.
Somente com a consciência de que a rapidez com que evoluímos é uma decisão individual, nos decidiremos por progredir superando nossos limites e valorizando esta bela jornada chamada vida.
Confiemos em nós mesmos. Fomos criados à imagem e semelhança do Criador, portanto, com potencial enorme para desenvolver, nos campos do intelecto e da emoção.
Cresçamos a cada dia, todos os dias.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8,
do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 2.6.2022.
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