Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Paz duradoura
 

Deixo-lhes a paz, dou-lhes a minha paz; não a dou como a dá o mundo. Assim encontramos no Evangelho de João o registro das palavras do Cristo.

A paz é algo muito buscado pelos homens, sem contudo ter encontrado neles verdadeiro abrigo.

Pode-se mesmo afirmar que, desde as épocas mais recuadas, o homem tem guerreado com seu semelhante, de forma constante.

Quando, em um ponto do planeta, cessam as lutas, em outros tantos elas aparecem.

O homem afirma desejar a paz, mas enquanto a discute, planeja a guerra.

É por isso que Jesus diferencia a Sua da paz do mundo. A paz do mundo é efêmera. Dura exatamente o período da boa vontade dos homens.

Mesmo à mesa das negociações, quando as nações em conflito se dispõem ao cessar fogo, o que se observa é a desconfiança e a má vontade falando alto.

A paz do mundo é feita de condições que devem ser respeitadas, a fim de que perdure.

A paz de que fala Jesus é incondicional e duradoura. Conquista pessoal, deve partir do íntimo para fora.

Somente um coração em paz pode exteriorizá-la, pois que, ainda no dizer do Mestre Nazareno: A boca fala do que se encontra pleno o coração.

A voz humana está carregada de vibrações. Os gritos intempestivos e as exclamações inoportunas equivalem a pedradas mentais.

As discussões sem proveito somente fomentam balbúrdia, além do que se constituem em desperdício de energias.

Falar em tom moderado é exercício salutar para a paz.

Aprender a calar, em meio ao tumulto, é contribuição para a paz.

Perseverar no trabalho anônimo, mesmo quando muitos desertem e busquem somente louros e aplausos, é medida preventiva de paz.

A paz a que se referia Jesus é a que sabe calar ofensas e relevar atitudes grosseiras. É a que compreende que a dor que nos dilacera a alma é justa, pois cada um recebe segundo suas obras.

A paz do Cristo é a que confere certeza inabalável nas forças espirituais superiores e não se abate ante o mal ou os rumores do mal.

É a que estende mão amiga ao ofensor e se traduz em tranquilidade quando o medo domina as massas, perante negras expectativas de desgraças que, de um modo geral, jamais se concretizam.

A paz do Cristo é a paz da consciência reta que não se impacienta ante as opiniões desfavoráveis dos outros e trabalha, incansável, construindo o dia radioso do amanhã.

*   *   *

O problema da paz é questão de fraternidade, em todas as latitudes.

Não pode haver paz por imposição. A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Opiniões alheias e cap.
Fala em paz, do livro Calma, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
 Francisco Cândido Xavier, ed. Geem e no verbete Paz do livro
Dicionário da alma, por Espíritos Diversos, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 12.02.2009.

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