Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Nossos vizinhos
 

Nos dias que vivemos, tal tem sido a preocupação dos pais em proteger seus filhos de dificuldades que, por vezes, exageram.

Assim é, por exemplo, com respeito a relacionamento com vizinhos.

A falta de respeito de algumas pessoas, que ultrapassam os limites do equilíbrio, tem gerado, é verdade, situações embaraçosas.

Mas, os conflitos humanos, impondo condutas de distanciamento, evitam a prática da fraternidade que sustenta os sentimentos e lhes dá vigor.

As comunicações virtuais, por sua vez, têm isolado as pessoas nos lares, afastando-as de convivência salutar.

Como conseqüência, passamos a sentir as dificuldades de convivência humana aumentarem.

Olhando para os nossos vizinhos de apartamento, de residência, damo-nos conta que raramente nos comunicamos.

Mesmo quando nos encontramos nos elevadores, nos parques, nas ruas, nossa comunicação se limita a frases curtas e respostas monossilábicas.

Assim, a família vai se fechando cada vez mais. E isso prejudica a educação dos filhos e a convivência agradável.

O homem é um ser gregário, por isso, a convivência com o próximo é uma necessidade de alta significação.

Estar com o outro, conviver com ele faculta o desenvolvimento da sensibilidade afetiva, que trabalha em favor dos sentimentos elevados do ser humano.

A vida social propicia entendimento fraterno, trabalho coletivo em favor da solução de problemas-desafios, que a todos atingem.

Na educação infantil, a convivência com vizinhos é importante.

Sem envolvimentos emocionais profundos entre as pessoas, que possam gerar conflitos, manter a boa vizinhança é altamente benéfico.

O vizinho, na condição do próximo menos distante, é oportunidade de convivência edificante, através da cordialidade, da urbanidade, do respeito.

Em se tratando de nossa criança, é importante estimulá-la a buscar a companhia dos amigos vizinhos, a se divertir com eles, estudarem juntos, resolvendo seus deveres escolares.

Tudo isso é significativo para a construção social.

Naturalmente, os pais estarão vigilantes, estabelecendo regras e critérios para que a convivência não se transforme em algo indisciplinado e constrangedor.

O vizinho, pela sua proximidade física, proporciona ensejo de amizade, permitindo o exercício da bondade, enquanto se trocam conhecimentos úteis.

Se os pais mantêm agradável convivência com os vizinhos, evitando comentários indevidos, censuras e reproches, os filhos os imitarão.

Isso porque a criança imita sempre os atos dos adultos, no lar, na rua, na escola.

Convivendo com nossos vizinhos, estimulando as crianças a fazerem o mesmo, estaremos contribuindo para uma valiosa conquista ética do grupo humano, que marcha para uma sociedade mais harmônica.

*   *   *

A educação, em si mesma, e particularmente a infantil é um trabalho de todo dia, de toda hora, e não apenas de momentos emocionais, carregados de afeto exagerado ou de agitação e desequilíbrio.

Desse modo, o diálogo contínuo, os esclarecimentos em vez das ordens e imposições, os bons exemplos serão a nota de importância na boa formação do caráter dos nossos filhos.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 9, do livro Constelação familiar, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
 Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 29.10.2008.

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