Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone Após a morte

A morte é um fenômeno biológico inevitável.

Os homens são Espíritos encarnados.

Eles estão na Terra, mas não são da Terra.

Permanecem aqui de forma transitória, a fim de que evoluam intelectual e moralmente.

Por falta de informações, ao longo do tempo surgiram variadas teorias sobre o estado dos Espíritos após a morte.

Concebeu-se a ideia de um céu de eleitos, em completo ócio e totalmente indiferentes ao tormento de quem não mereceu a salvação.

Como contraparte indispensável, surgiu o conceito de um inferno onde os infelizes pecadores seriam eternamente torturados.

De acordo com as concepções religiosas, inúmeras outras formulações teóricas foram feitas.

Entretanto, as descrições sempre foram bastante genéricas e um tanto fantasiosas.

Há evidentes incoerências em algumas descrições.

Por exemplo, pessoas bondosas merecem o céu, mas se tornam egoístas ao lá chegar, pouco se importando com o sofrimento de quem não teve a mesma dádiva.

Nessa linha, uma mãe amorosa e boa seria eternamente feliz, embora sabendo que seus filhos sofreriam para sempre.

Essa artificialidade gerou bastante descrença.

Consequentemente, persiste uma dúvida generalizada a respeito do que ocorre com o Espírito após a morte do corpo.

O Espiritismo lança luz sobre essa questão.

Ele não formula uma mera teoria, a partir de concepções filosóficas.

São os próprios Espíritos desencarnados que relatam sua situação.

A mediunidade bem empregada permite o intercâmbio com os integrantes do plano espiritual.

Por meio dela é possível verificar como eles vivem, se sofrem ou são felizes e a razão disso.

Não se trata de imaginar como está atualmente um Espírito que viveu na Terra de determinado modo.

Ele próprio descreve sua situação.

O livro O céu e o inferno compõe as obras básicas da Codificação Espírita.

Ele é rico de relatos feitos por Espíritos a respeito de como se sentem, da vida que levam, de sua felicidade ou infelicidade.

Desses relatos extrai-se que a morte não é um processo milagroso que converte homens em anjos.

Quem era bondoso na Terra persiste bondoso e solidário no plano espiritual.

Se amava o trabalho, permanece laborioso.

Já o homem mesquinho também assim se mantém.

Não há saltos na evolução.

A análise dessas descrições revela que a felicidade depende de como se viveu, do bem ou do mal que se fez.

Não há favores ou privilégios.

Cada qual é feliz ou infeliz de acordo com seu próprio mérito.

O homem caridoso é recebido pelos inúmeros seres a quem amparou enquanto na Terra.

Ele experimenta extremo júbilo ao sentir-se amado, ao saber que bem gastou seu tempo e seus talentos.

Já o criminoso vivencia grandes padecimentos.

Ele vê suas vítimas, revê mentalmente as maldades que cometeu e não há fuga ou desculpa possível.

O Espírito é feliz ou infeliz na exata proporção das virtudes que possui.

*   *   *

Ciente dessa realidade e de que você inevitavelmente morrerá, reflita sobre o modo como vive.

Para evitar construir sua casa sobre a areia, no dizer evangélico, dedique-se a amealhar virtudes e a fazer o bem.

Apenas isso garantirá sua felicidade, quando retornar ao seu verdadeiro lar.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 17, ed. FEP.
Em 22.2.2023.

 

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