Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Prática criminosa

Você amaria uma criança concebida a partir de um ato de violência?

À primeira vista, a pergunta pode soar como um Você decide, mas o que desejamos é trazer para nossa reflexão outra vez, o abortamento.

Na defesa dessa prática criminosa, algumas vozes se erguem para dizer que a mulher violentada jamais poderia amar o produto daquela violência. Por isso, o abortamento se faz necessário.

Convenhamos que a mulher sofreu a violência e isto lhe é muito doloroso. Traumático.

Mas é de se questionar de que lhe valerá provocar outra violência? Será sanado o mal que já sofreu?

Abortar é matar um ser totalmente indefeso.

Mais coerente é se permitir a complementação da gestação, o desabrochar da vida e depois, caso realmente não o possa amar, encaminhá-lo para adoção.

Dizemos caso não o possa realmente amar, pois muitos são os casos em que as mulheres que engravidaram a partir da violência de homens inescrupulosos, levam a termo a gravidez e passam a amar o rebento da sua carne.

Ao longo dos meses, o sorriso da criança, suas gracinhas, suas mãozinhas acariciando, se estendendo como em súplica, cativam qualquer um.

Quantos pais e avós temos observado que, ao descobrirem a filha ou neta grávida e solteira, a desprezam?

Dizem que não desejam ver jamais o filho que carregam no ventre.

Basta, no entanto, que o pequenino nasça, solte seus primeiros vagidos para que as almas mais insensíveis se voltem com carinho para aquela coisinha minúscula, indefesa, totalmente dependente.

E se tornam avós e bisavós a se derreterem pelos toquinhos de gente.

Como se pode afirmar que não se poderá amar o bebê? Depois de nove meses de estreita convivência, sentindo-o se mexer dentro de si?

Como não amar um bebê, apesar das circunstâncias da sua concepção, se temos a capacidade de querer bem e recolher um cãozinho abandonado na rua?

Acaso valerão mais os animais do que os seres humanos?

Há os que dizem que o filho para ser amado deve ser feito com amor.

A realidade mostra que existem muitos filhos concebidos sem amor. Quantas mulheres se submetem a seus maridos, como uma espécie de obrigação? E concebem.

Quanta vez o relacionamento sexual acontece simplesmente porque uma das partes o deseja e a outra atende? E a gravidez ocorre.

Defenderemos agora que, em tais circunstâncias, devamos matar o ser concebido?

O ser que se desenvolve no útero materno é, desde o primeiro instante, um ser à parte. Desde a concepção, o Espírito se faz presente e tudo percebe, tudo sente.

Recordamos dos criminosos que se encontram à espera da execução da sentença final, no corredor da morte.

Entram em depressão. Têm os cabelos embranquecidos, se desequilibram.

Os embriões e os fetos no útero materno se encontram no corredor da morte.

Os humanos, que tiveram a felicidade de nascer na carne, decidem pela sua sentença de morte, decretando dia, hora e local.

Pensemos nisso e lutemos, sempre, pela vida.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 19.10.2012.

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