Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Gradações do amor

O amor é o mais sublime dos sentimentos. Muitas vezes, as criaturas o confundem com o exclusivo uso do sexo.

Fazer amor é expressão bastante usada para se referir a um relacionamento sexual, onde nem sempre existe a tônica desse sentimento.

Amor é a preocupação ativa pela vida e crescimento do outro ou daquilo que amamos.

Quem diz amar as plantas, esmera-se em cuidá-las: regar, podar, livrar de eventuais pragas.

Quem afirma amar os animais os atende em suas necessidades, alimenta-os, abriga-os, dá-lhes carinho, afago.

Quem ama não agride, não magoa. Matar por amor é desculpismo de quem perdeu o equilíbrio, cometeu loucura. O amor somente constrói. E deseja a felicidade de quem ama.

Nas gradações do amor, encontramos o amor fraterno, o conjugal, o maternal, o amor à arte, à ciência, ao desporto...

Recordamo-nos que, certa vez, vimos um garoto de uns oito anos, não muito robusto, carregando às costas outro menino de seus cinco anos mais ou menos.

Notamos que era com dificuldade que ele andava, arqueado ao peso do outro.

Verificando que o que ia às costas não trazia deficiência física que o impedisse de andar, acercamo-nos dos dois e falamos: Menino, por que você leva esse grande peso às costas? Isto não é bom, sabia?

O garoto parou de andar. Olhou-nos, admirado, ajeitou melhor o seu fardo e nos disse: Mas é meu irmão! E foi embora, levando o precioso fardo.

É meu irmão! Para ele não era fardo, nem peso. Havia amor no que ele fazia.

Amar é ter capacidade de renúncia e doação.

A Humanidade registra a abnegação de homens e mulheres notáveis, cujas vidas, iluminadas pelo amor, tornaram-se exemplos edificantes, inolvidáveis.

Bezerra de Menezes, conhecido como O Médico dos Pobres, esquecia-se de si para atender as necessidades dos que lhe batiam à porta do coração.

No Mundo Espiritual, temos notícias de que foi convidado pela própria Mãe de Jesus a desenvolver atividades em regiões avançadas, celestes.

Humilde, para a mensageira de Maria que lhe transmitiu o convite, rogou: Se algo posso pedir à excelsa Mãe de Jesus, gostaria de ficar nas proximidades da Terra, atendendo os meus irmãos.

Enquanto houver uma lágrima a enxugar, uma aflição a acalmar, eu desejaria permanecer com os homens.

 Isso se chama amor!

*   *   *

Entre os animais, as aves observam a castidade conjugal, cuidam dos filhos, tal qual em um lar humano nobre.

O casal, por débil que seja, mostra-se valoroso até ao sacrifício de morte, em se tratando de defender a prole.

Os animais ferozes como o tigre, o lobo, o gato selvagem têm por suas crias o mais terno afeto.

São expressões tímidas do amor conjugal e do amor materno que se ensaiam nas espécies inferiores, para eclodir na criatura humana, mais adiante...

*   *   *

O amor de Deus sustenta o Universo.

Ama tu também, seja qual for a situação em que te encontres.

Distribui amor pelo caminho, semeando estrelas de esperanças.

Amanhã, elas brilharão para ti.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro A evolução
anímica, de Gabriel Delanne, ed. Feb.

Em 19.10.2012.

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