Quem nunca sonhou em ser milionário? Viver entre luxo e festas, divertimentos, viagens e alegria?
Essa aspiração é universal e é comum a pessoas de todos os países e épocas.
É que a maior parte da Humanidade fixa seus interesses apenas na vida material. Acreditamos mesmo que a boa condição financeira vai nos trazer a completa felicidade.
É uma ilusão. Associamos o bem-estar a coisas que nos dão prazer ou satisfazem nossos sentidos: boa comida, conforto, pessoas que nos servem e atendem aos nossos mínimos desejos.
Aos poucos, passamos a acreditar que os ricos é que são felizes em suas vidas, que nos parecem uma permanente festa.
Quando passam em seus carros de luxo, elegantemente vestidos, suspiramos ao contemplar a beleza das joias e, sequer imaginamos que algo possa estragar tal felicidade.
Mas, nos enganamos. As belas residências também abrigam gente que se entristece, que tem problemas, que está sujeita à doença, morte, traições, decepção.
E quantas vezes os ricos carregam excessiva carga de dores que não vemos.
Sim, pois o dinheiro tem o poder de trazer consigo falsas amizades, ambição, paixões e excessos.
A riqueza tem um componente ainda mais grave. Não raro, ela nos escraviza. Muros altos, cercas eletrificadas, guardas de segurança, cães e grades atestam o medo que deixa sitiadas as grandes fortunas.
É o temor de ladrões, de sequestradores, de gente que tentará enganar ou levar algum tipo de vantagem.
E o que dizer do medo de que os amores e amizades sejam interesseiros? O que pensar das brutais disputas por heranças? São escravizações.
O dinheiro tem, ainda, um estranho poder: o de fazer com que se gaste tanto quanto se ganha. E que sempre se queira muito mais do que se tem.
É comum vermos as pessoas passarem horas a buscar os melhores investimentos, as aplicações mais rentáveis.
Atormentam-se com as oscilações da bolsa de valores e acompanham trêmulos o comportamento do mercado. Escravos do dinheiro, que deveria lhes trazer benefícios.
Por isso, não tenha inveja dos ricos. Não queira ser mais um a ser dominado pelo dinheiro. Se tiver que admirar alguém, que seja aquele que consegue viver satisfeito com o que tem.
Se tiver de imitar alguém, que seja o sábio Francisco de Assis, que sentiu a força escravizadora da fortuna e optou pela liberdade.
Francisco pobre, feliz Francisco, que escolheu o amor em vez do dinheiro.
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A riqueza, sob qualquer aspecto considerada, é bênção que Deus concede ao homem para sua felicidade.
Ao homem compete bem utilizá-la, multiplicando-a em dons de misericórdia e progresso a benefício do próximo.
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