Atualmente,
fala-se
muito em direito à privacidade e à intimidade.
Sustenta-se
ser
imprescindível ao ser humano manter uma área de
sua vida longe de qualquer
ingerência alheia.
As
leis de nosso país
protegem a intimidade e a privacidade.
Elas
garantem a
inviolabilidade dos domicílios, os sigilos
bancário e de comunicações, dentre
outros.
Entretanto,
muitas
pessoas se aproveitam da proteção legal para
cometer crimes e prejudicar
terceiros.
Quando
apanhadas,
invocam, a título de defesa, o aspecto secreto de seu agir.
A
amplitude desses
direitos constitui questão controvertida no âmbito
dos tribunais humanos.
Contudo,
impõe-se
reflexão a respeito da privacidade, considerando um contexto
um pouco mais
vasto.
A
tranqüilidade das
relações sociais pressupõe limites e
restrições ao que se compartilha.
Os
homens ainda
portam fissuras morais em excesso, cuja integral
revelação causaria muitas
querelas e constrangimentos.
O
corpo físico, com
as limitações de percepção
que proporciona, funciona como elemento pacificador.
No
âmbito do viver
terreno, a comunicação de idéias
dá-se por ato deliberado de vontade.
Os
pensamentos não
são imediatamente partilhados.
O
emissor da mensagem
deve gesticular, falar ou escrever, a fim de que ela seja captada.
Mas
o planeta não é
habitado apenas por Espíritos encarnados.
O
contingente de Espíritos
desencarnados que nele vive é deveras significativo.
Eles
permanecem junto
aos homens, freqüentam suas casas, partilham suas
idéias.
Portas
ou trancas não
os detêm.
No
âmbito espiritual,
a linguagem é o pensamento.
Para
transmitir uma
idéia ou um sentimento, não há
necessidade de gestos ou palavras.
Basta
pensar.
Assim,
todos têm uma
nuvem de testemunhas a sua volta.
Não
há nada de
totalmente secreto no que se faz ou se pensa.
Amigos
e inimigos do
outro plano da vida sempre acompanham tudo o que ocorre.
Existe
apenas um
limite para esse intenso partilhar e ele consiste na superioridade
moral.
Um
Espírito inferior
não consegue ocultar nada do que faz ou pensa dos que lhe
são superiores.
Já
os Espíritos
superiores partilham com os inferiores exclusivamente o que desejam.
Essa
regra também
vale no intercâmbio entre encarnados e desencarnados.
Um
lar estruturado
com base em valores nobres não é livremente
franqueado por Espíritos levianos.
Uma
barreira
vibratória impede a profanação da
intimidade de uma pessoa honrada e com
hábitos puros.
Apenas
entidades
nobres têm acesso a ambientes dignos e elas naturalmente
respeitam os momentos
íntimos dos encarnados.
Assim,
convém
refletir sobre o que você faz em sua privacidade.
Caso
cometa
leviandades ou seja adepto de maledicência ou pornografia,
saiba que uma
multidão de Espíritos afins testemunha seus atos.
Eles
fazem parte de
sua vida e partilham sem pudor dos seus mais secretos instantes.
Se
não lhe agrada
essa perspectiva, resta apenas uma alternativa: moralizar-se.
Reforme
seu proceder
e passe a viver com pureza e dignidade.
Desse
modo, apenas Espíritos
enobrecidos terão acesso ao seu lar.
Pense
nisso.
Redação
do Momento Espírita.