Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A miséria humana
 

O homem é habitualmente apontado como o rei da Criação.

Ele sobrepuja o restante dos habitantes do planeta.

Animais muito fortes e perigosos são domados e vencidos pelo engenho humano.

Inteligente e dotado de múltiplos talentos, o homem moderno constitui o ápice de uma longa jornada evolutiva.

Uma retrospectiva histórica revela o quanto a raça humana se aprimorou no curso dos séculos.

Doenças que no passado dizimaram populações inteiras, hoje não mais assustam.

Meios relativamente modernos de comunicação, como Rádio, TV e Internet, revolucionam os costumes.

Mas os recursos da modernidade são freqüentemente mal utilizados.

Na TV, preponderam programas com conteúdo vulgar e sensacionalista.

A violência e a sexualidade desregrada são endeusadas em filmes e novelas.

São freqüentes as notícias sobre corrupção e crueldades.

A rigor, permanece angustiante o estágio moral da Humanidade.

As enfermidades e as dores são inerentes à vida material.

Todo corpo humano mais cedo ou mais tarde se desgasta e se extingue.

A ciência avança e torna menos atrozes as dores, mas não logrará converter em imortal nenhum organismo material.

É compreensível a tristeza que suscita a morte de alguém querido.

Mas isso está de acordo com as leis da natureza e em geral não causa escândalo.

O que realmente gera tristeza são as crueldades e baixezas que os seres humanos freqüentemente se permitem.

Quem poderá aquilatar a desolação de um pai ao saber que seu filho tornou-se criminoso?

Assim, embora a evolução intelectual e científica dos últimos tempos, a Humanidade continua miserável em muitos aspectos.

A genuína nobreza é bastante rara.

Bondade, generosidade e pureza são características bem pouco usuais.

A ampla maioria dos homens chafurda em vícios e paixões.

Preocupados com seus gozos e interesses, pouco se importam com os estragos que causam na vida do próximo.

Não falta quem afirme que a raça humana desmente a bondade de Deus.

Se Deus é infinitamente bondoso, tudo pode e sabe, por que fez o homem tão miserável, sob o prisma moral?

Contudo, é preciso ter em mente que a Humanidade toda não se acha representada na Terra.

Não é possível aferir o caráter de um povo a partir da população de uma penitenciária.

A análise da saúde de uma comunidade também não pode ser aquilatada a partir dos internados em um hospital.

Quem fizesse tal análise, concluiria que todos os habitantes do país são doentes ou criminosos.

O mesmo ocorre quando se toma por padrão a conduta dos habitantes da Terra em relação à totalidade da Criação.

Os Espíritos ensinam serem infinitos os mundos habitados.

A Terra é dos mundos menos evoluídos e por isso constitui morada de seres moralmente atrasados.

Ela funciona à semelhança de um hospital e de um presídio e abriga Espíritos rebeldes e viciosos.

Os seres altamente moralizados que, por vezes, aqui aportam estão em missão, à semelhança de médicos em um hospital.

Quem consegue libertar-se de vícios e paixões e se acerta com as Leis Divinas segue para mundos de paz e regeneração.

Saiba que está em suas mãos conquistar sua libertação.

Dedique-se a domar seu egoísmo e suas paixões.

Experimente a ventura de agir com honestidade, pureza e bondade e incorpore esse modo de vida em seu caráter.

A Justiça Divina é infalível e logo o conduzirá a locais compatíveis com a sua realidade íntima.

Então, você mudará de idéia a respeito da miséria humana.

Compreenderá que ela é como uma enfermidade.

Causa algumas dores, mas passa, quando corajosamente combatida.

 

Redação do Momento Espírita.

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