Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Como Deus quer...

Às vezes, quando nuvens borrascosas enegrecem o céu, anunciando chuva, olhamos para cima e dizemos:

Ah, deveria chover somente da meia-noite às seis da manhã. Aí, a chuva faria seu papel e não atrapalharia a vida de ninguém.

Em outros dias, quando a estiagem se faz longa, ficamos aguardando que as nuvens prenunciadoras da chuva benfazeja cheguem logo.

Paradoxalmente, se o final de semana se aproxima e o anúncio é de aguaceiro, reclamamos:

Tinha que ser no final de semana!? Precisava chover para estragar o meu lazer?

Outros, ao contrário, dizem: Por que chove durante a semana, quando se precisa sair para estudar, trabalhar? Deveria chover só nos feriados.

Todas essas expressões, que são muito comuns em nosso cotidiano, demonstram o quanto ainda somos egoístas.

Pensamos somente em nós. Quando pedimos chuva pela madrugada, não recordamos de quantos guardas-noturnos passam aquelas horas montando guarda, andando de um a outro lado.

Nós estaremos abrigados em casa. Eles, não.

Quando não apreciamos a chuva nos finais de semana, não cogitamos que o agricultor a aguarda, ansioso, a qualquer hora.

Dela depende a vida da sua lavoura, do seu empreendimento. Sem chuva, a plantação morrerá, não haverá colheita, não haverá grãos, nem folhas.

Aqueles que apreciariam a chuva nos dias em que não precisam sair para seus afazeres, esquecem que muitas mães e pais aguardam, igualmente ansiosos, o final de semana para poder sair com os filhos.

Para ir ao parque, passear, jogar bola. Que muitos cogitam ir à praia, para espairecer, após a semana de labor estressante.

Por tudo isso é que Deus, a Sabedoria e Suprema Inteligência, estabelece leis primorosas e justas, sem ficar a ouvir as imprecações de uns e os pedidos de outros.

Ele estabelece que a chuva virá, quando as condições assim o permitirem. E ela vem, amiga, lançando-se ao solo, enchendo rios, alimentando lençóis subterrâneos.

Derrama-se pelas lavouras, banha as árvores frondosas e a erva miúda. Higieniza a atmosfera. Alegra a natureza.

Constatamos, desta forma, que o melhor para o mundo é mesmo a vontade de Deus.

Ele distribui as bênçãos da chuva, do sol, dos ventos ligeiros, da brisa, das grandes tempestades, com toda a ciência.

Somente Ele, o Pai de todos nós, sabe exatamente o que necessita cada um de Seus filhos.

E, como Excelso Administrador, não atenta para os caprichos de um e de outro, mas delibera pelo que seja mais produtivo, em termos de progresso, para a Terra e Seus filhos.

Por isso, quando o sol se fizer inclemente, ou a chuva se fizer contínua por largo período, pensemos: Deus sabe o que faz.

Na Terra de provas e expiações em que nos situamos, ainda por muito tempo estaremos a braços com essas vicissitudes que são as intempéries, a que chamamos de capricho do clima, ou resultado de nossa própria imprevidência.

Também cogitemos de que habitamos um planeta com mais de seis bilhões de pessoas e que, de forma alguma, podemos pensar somente em nossas necessidades e nossos desejos.

Habituemo-nos, pois, em questões cujo comando nos foge, a crer que a vontade de Deus é a melhor.

Por Sua sabedoria, por Seu amor, por Sua ciência de todas as coisas, Ele sabe o tempo de tudo prover para os filhos a quem concedeu o imenso campo planetário para viver, crescer e semear.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 23, ed. Fep.
Em 2.1.2013.

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