Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Um exemplo para imitar

Aconteceu num estádio. O público comparecera para assistir disputado jogo da temporada. Nada menos que vinte mil pessoas aguardavam.

Uma menina, de apenas treze anos, ganhara como prêmio, a honra de cantar o Hino Nacional do País, os Estados Unidos, na abertura do grande evento.

De vestido longo, cabelo arrumado e um belo sorriso nos lábios, ela toma do microfone e inicia a execução.

Afinadíssima, sua voz se projeta, emocionada, pelo imenso estádio.

Então, o braço treme, ela engasga, esquece a letra.

A câmara televisiva a mostra em close, os olhos marejados de lágrimas, aguardando ansiosamente alguém próximo que a ajude.

Ela se vê absolutamente só. Treze anos. Uma menina. Sozinha, ali, no meio.

O público ameaça uma vaia. E ninguém toma a iniciativa de ir até lá para ajudar. Todos ao seu redor a observam, parados.

De repente, um homem se destaca e caminha ao seu encontro. É Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers.

Postando-se ao lado de Natalie Gilbert, a jovenzinha assustada, ele a abraça.

Ela intenta esconder o rosto em seu peito. Mas o homem alto, encorpado, começa a cantar, incentivando-a a que faça o mesmo.

Ela vacila, mas ele continua, entusiasmando-a. E, depois, com gestos, incentiva o povo a que cante junto.

E, o público, compenetrado agora, percebendo a grande lição de solidariedade do técnico, canta.

Logo mais, o estádio inteiro forma um único coro, emocionado e vibrante.

E Natalie Gilbert conclui o Hino. Olha para o seu salvador e diz: Muito obrigada.

*   *   *

Um homem, um gesto fez a grande diferença. Aquela menina poderia sair dali traumatizada, acreditando-se a última das criaturas, por ter falhado em hora tão importante.

Mas a alma solidária de Mo Cheeks não somente a auxiliou, tanto quanto deu uma lição a vinte mil espectadores.

Uma lição de solidariedade. Uma lição da atitude de um verdadeiro líder, de quem se importa com o outro.

Demonstrou que, quando alguém está em dificuldades, quem estiver mais próximo tem o dever de ajudar.

Ensinou a utilizar a empatia.

Será que todas aquelas pessoas ali reunidas não pensaram, por um minuto sequer, que poderia ter acontecido com eles, se estivessem no lugar dela?

Será que tantos pais e mães ali presentes não pensaram que poderia ser a sua filha a ter aquele esquecimento?

Naquele dia, Natalie Gilbert realizou o que se propôs.

E Mo Cheeks demonstrou a diferença que faz um ser humano no Mundo.

*   *   *

Todos nós, onde quer que nos encontremos, podemos e devemos fazer a diferença.

Quando todos observam alguém que perde o equilíbrio, ou tropeça e cai, podemos ser aquele que estende os braços para amparar.

Ante alguém que derruba pacotes em plena rua, podemos ser a mão que auxilia.

Oferecer-se para trocar um pneu, providenciar algumas compras, atender uma criança por alguns momentos.

Quem de nós, onde esteja, não pode fazer algo simples, mas muito especial?

Algo que expresse que o ser humano é um ser de extraordinário potencial de amor, que é acionado ao mais discreto movimento da necessidade alheia.

Pense nisso e, seja você, onde estiver, a criatura especial que faz a grande diferença no Mundo.

Um exemplo para imitar. Um líder para seguir.

  Redação do Momento Espírita, com base em fato.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP.
Em 14.1.2014.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998