No ano de 2001, uma nova moda foi anunciada nas empresas americanas: a proibição de palavrões. O consultor James O’Connor, autor do livro Controle de obscenidades, criou uma agência para controlar palavrões.
Afirma ele que a falta de civilidade que toma conta da nossa sociedade está invadindo os ambientes de trabalho.
É curioso observar que o espírito humano está utilizando os meios mais estranhos para pôr para fora do seu ser os conteúdos infelizes, desequilibrados, que promovem enfermidade e loucura, aos poucos ou bruscamente.
Citando os prejuízos acarretados pelo hábito de xingar os outros, O’Connor diz que falar palavrão polui o ambiente com negatividade, afeta o moral e a atitude de quem fala, além de ser uma grande falta de respeito.
Ele está certo. A soma das energias envenenadas que se espalham pelo espaço psíquico do mundo é capaz de provocar todos os tipos de desajustamentos, além de outras formas de perturbações.
Como um bom pregador, o consultor tem seu decálogo antipalavrões:
Primeiro: reconheça que falar palavrão causa estragos. Você não ganha nenhum argumento nem prova inteligência. Palavrão intimida, não estimula.
Segundo: comece eliminando os palavrões casuais. Faça de conta que a sua avó ou a sua filha estão sempre ao seu lado.
Terceiro: pense positivo. Olhe somente para o aspecto bom das situações.
Quarto: exercite a paciência. Se você estiver preso no trânsito, em vez de xingar o motorista da frente, pense nas suas tarefas do dia.
Quinto: aguente a barra. O dia é cheio de desafios e problemas. Palavrões não irão resolvê-los.
Sexto: pare de reclamar. Em vez disso, ofereça soluções. Você será admirado por sua calma e sabedoria.
Sétimo: use palavras alternativas. Faça a sua lista. Seja criativo.
Oitavo: defenda sua opinião educadamente. Mesmo sem palavrões, uma frase pode ser muito ofensiva.
Nono: pense na oportunidade que você perdeu de ficar calado ou de falar a mesma coisa de outra maneira.
Décimo: exercite seus novos hábitos. Falar palavrão é um vício, como fumar. Ao eliminá-lo, avise aos amigos e à família.
* * *
Enquanto você se defronta com as tantas necessidades do caminho terreno, nos dias da sua existência, pense e verifique o quanto se desgasta com a utilização do palavrão.
Pense que tudo é questão de costume, de hábitos que desenvolveu em seu íntimo.
Pense que o Mestre Jesus já definiu há mais de dois mil anos que a boca fala do que está cheio o coração.
E se você conduz na sua intimidade a luz do Cristo, convenhamos que não é possível que se acomode a esses modismos.
Então, faça esforços por se reeducar, a fim de que atravesse a vida, no mundo, bem conduzindo os seus pensamentos e norteando as suas ações para o bem.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 13 do livro Educação e
vivências, pelo Espírito Camilo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no artigo
Ponte que partiu, de Tânia Menai, de Nova York, publicado na Revista Exame (2001).
Em 2.1.2013.