Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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        Inimigo. A palavra traz uma carga negativa impressionante! O inimigo é alguém que desperta em nós os sentimentos mais primitivos: medo, ódio, desejo de vingança.

        Diante de um inimigo, as mãos ficam geladas, o coração bate forte, o sangue pulsa nas têmporas. E a pergunta surge: Como agir? O que fazer?

        A resposta a essa pergunta foi dada pelo Cristo: Ama o inimigo, ora pelos que te perseguem.

        Mas, nós, que somos pessoas comuns, costumamos reagir a esse conselho de Jesus.

        E nos perguntamos: Amar o inimigo? Fazer o bem a quem nos feriu e maltratou?

        E, em geral, concluímos: Impossível. Para nós, a expressão Amar o inimigo parece uma utopia.

        Em alguns casos, até somos irônicos: Esse ensinamento de Jesus não é para nós. Ainda somos muito imperfeitos.

        O que acontece é que não entendemos corretamente o significado da palavra amar, quando se aplica ao inimigo.

        Jesus era um sábio. Ele conhecia profundamente a alma humana. Você acha que Ele iria sugerir algo que não seríamos capazes de fazer?

        Claro que não! Todas as sugestões de Jesus são perfeitamente possíveis. Por isso vamos examinar melhor essa questão do amor ao inimigo?

        A primeira coisa é entender o que significa a expressão Amar o inimigo.

        Com essas palavras, Jesus apenas nos convida a perdoar quem nos fez mal. Ou, no mínimo, apela para que não busquemos a vingança.

        Parece difícil? Nem tanto. Vamos falar de forma prática.

        Se alguém tem um inimigo, em geral, qual é a atitude que adota?

        A maioria das pessoas mantém o inimigo permanentemente em seus pensamentos. Não consegue pensar em nada, além da pessoa odiada.

        E assim a vida segue. Quem odeia mantém-se escravo do inimigo.

        Faz as refeições, dorme, acorda, trabalha e vive constantemente em meio a esse sentimento de rancor, alimentando desejos de vingança.

        Parece ruim? Pois é exatamente o que fazemos: deixamos o inimigo comandar a nossa vida. Tornamo-nos escravos daqueles que odiamos.

        Por isso a sabedoria da proposta de Jesus, que é a libertação dos laços que nos prendem aos inimigos.

        Perdoar é mais fácil. Deixa a alma mais leve, o corpo mais saudável, as emoções sob controle.

        Quando o Cristo pronunciou a expressão Amar o inimigo, na verdade, ofereceu um caminho de equilíbrio e de serenidade.

        É claro que o Cristo não espera que tenhamos pelos inimigos o mesmo amor que dedicamos à família e aos amigos.

        Jesus quer apenas que afastemos de nosso coração a mágoa, a infelicidade, o ódio e o desejo de vingança.

        Por isso ele aconselhava: Orem pelos que vos ofendem.

        E nessas preces, pedi a Deus que vos dê forças para superar a ofensa vivida.

        Pedi também a Deus que vos ofereça oportunidade de ser útil àquele que vos feriu.

        Se essa oportunidade surgir, não deixemos passar a chance de sermos úteis e bons. Gestos desse tipo fazem nascer na alma o sentimento de superação, de etapa vencida.

        É um momento único, encantador.

        Pensemos nisso!

 Redação do Momento Espírita.
Em 31.03.2008.

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