Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Deus e as provas
 

Muita gente se pergunta:

Que mal fiz a Deus para merecer tanto castigo?

Será que terei vindo ao mundo só para sofrer?

Perguntas feitas com a voz do desespero, da depressão, da revolta, deixando clara a ausência da indispensável compreensão do funcionamento das Leis Divinas sobre a Terra.

Criamos um Deus à nossa imagem e semelhança, fazendo-O vingativo, cruel, tirano.

Esquecemos do Deus Pai, carinhoso, atencioso, apresentado por Jesus.

Não nos recordamos do Deus Inteligência Suprema, do Deus soberanamente justo e bom, desvelado pela Doutrina dos Espíritos.

Ninguém sofre na Terra em função de castigo divino.

O que se convencionou chamar de castigo divino é, de fato, a manifestação do amor de Deus para com Seus filhos.

É este amor que lhes concede oportunidades novas para reaprender, para refletir e trabalhar por redimir-se.

Por outro lado, nenhuma alma se acha no planeta à revelia das celestes deliberações.

Então, todos os que na Terra se encontram hoje, estão por motivos ponderáveis, e ainda quando não consigam enxergar tais razões, estas não deixam de existir.

Importante, então, será desenvolver a consciência de que tudo o que sofremos durante a vida corporal tem um grave motivo perante as Leis de nosso Pai.

Cumpre-nos o esforço para o amadurecimento do intelecto e do senso moral, de maneira que passemos a refletir melhor sobre a ação de Deus em nosso campo de provações.

Provações não são manifestações de um Deus cruel, provocativo, conforme o pensamento imaturo pode ainda crer.

Provas são experiências requeridas ou aceitas por nós, que têm por objetivo proporcionar o crescimento espiritual.

E as expiações, nada mais são do que acertos que fazemos com as Leis que infringimos.

Se retiro algo do lugar - gero a consequência de recolocar na sua localidade original.

Se estrago, firo, rompo alguma coisa, gero consequentemente a obrigação, que é apenas minha, de consertar, curar e restaurar.

São mecanismos das Leis Divinas que buscam nos impedir de recair no equívoco, de trilhar caminhos que nos afastam de nossos maiores objetivos.

Nas Leis de Deus vamos encontrar sempre mecanismos de educação, e nunca de ódio, vingança e punição por si só.

Com certeza nos espantaremos, ao descobrir que as alfinetadas da vida, as dores, tragédias e incômodos, em sua grande maioria, são causadas por nós mesmos, aqui nesta encarnação.

Sim, de regra, as aflições com causa atual são em maior vulto.

Isto nos mostra que podemos reduzir grande parte de nosso sofrimento, se tomarmos atitudes enérgicas em relação à nossa postura perante o Mundo.

Deus nos dá os meios de conseguirmos pois, além de não desejar nosso mal, quer nossa felicidade, nossa maturidade espiritual.

*   *   *

Em O livro dos Espíritos, Allan Kardec classifica as causas de nossas aflições em duas categorias.

Explicam, ele e os Espíritos, que temos vicissitudes com causas atuais, isto é, consequências naturais do caráter e do proceder dos que as suportam.

E também as de causas anteriores, que são as dores que não encontram causa nesta existência.

Elucidam eles que, se as causas não estão na atual encarnação, estão no passado da alma, em outras vidas.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Deus e as provas, do livro Em nome de Deus, pelo
Espírito José Lopes Neto, psicografado por
Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 13.09.2010.

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