Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A paz do mundo e a paz interior

A maior parte dos seres humanos deseja a paz no Mundo. É como um sonho coletivo: nada de guerras, de conflitos originados por preconceitos ou disputas políticas e religiosas.

Entretanto, muitos esquecem de um detalhe: a paz é o resultado de uma construção de pessoas, grupos, comunidades e povos.

Ela nasce, muito antes, no coração de cada um de nós.

“A paz do mundo começa em mim. Se tenho amor, com certeza sou feliz. Se faço o bem ao meu irmão, tenho a grandeza dentro do meu coração.”

A música do compositor Nando Cordel é uma bela tradução do verdadeiro espírito da paz.

Um sentimento que deve estar dentro da alma dos que desejam ver o Mundo mais aprimorado, do ponto de vista moral.

Mas há uma pergunta importante em meio a tudo isso: O que é a paz?

E você deve estar se perguntando: Será assim tão importante saber o que é a paz?

Claro que sim. Não se pode possuir aquilo que se desconhece. Então, falemos de paz...

Muita gente mistura os conceitos e acredita saber perfeitamente o que é a paz.

Alguns confundem paz com silêncio. Outros acreditam que a paz é a ausência de brigas.

Outros, ainda, imaginam que estar em paz significa ficar quieto, sem perturbar a quem quer que seja.

Finalmente, há os que acreditam que estar em paz é ter dinheiro sobrando para viver uma vida de conforto.

Será que isso é mesmo a paz? Será que essas situações trazem mesmo a tranqüilidade ou são apenas momentos menos tumultuados, com algum conforto material?

Pensemos juntos: paz não é simplesmente ausência de barulho.

Muita gente faz silêncio por fora, mas traz a alma sobrecarregada de ruídos. O tormento interno torna a criatura estressada e infeliz.

E quem acha que paz é a ausência de brigas e conflitos aparentes também pode estar enganado.

Quantas vezes a pessoa fica em silêncio somente porque tem medo de expressar sua opinião? Quantas vezes a raiva está bem camuflada sob uma aparência tranqüila?

Quem vê cara, não vê coração, diz a sabedoria popular. O mesmo acontece com a paz: nem sempre o rosto expressa o que vai na cabeça ou no coração da pessoa.

Em resumo: não se pode confundir paz com preguiça, displicência, comodismo ou covardia.

A paz é um estado de espírito permanente. Quem verdadeiramente vive em paz não perturba o mundo e nem se deixa perturbar por ele.

É claro que esse estado mental de completa paz é algo ainda um pouco distante da nossa realidade, mas o nosso papel é o do esforço constante para alcançarmos esse objetivo.

E se todo processo inicia em algum momento, como iniciar a conquista da paz?

Nossa sugestão: faça como se fosse um treinamento diário. Um treinamento de autoconhecimento. Principalmente, de auto-educação.

Comece reservando algumas horas para você e faça reflexões. Inicie fazendo um levantamento sobre todas as coisas, pessoas e situações que lhe causam irritação.

Em seguida, analise as razões porque você se irrita com essas pessoas e situações.

Pense em alternativas para não perder a calma. Faça simulações mentais, experimente seus limites, treine a paciência, exercite o equilíbrio.

Se fizer assim, possivelmente você estará melhor preparado para quando a situação ocorrer de fato. Estabeleça metas a serem alcançadas na conquista da paz.

Simultaneamente, exercite hábitos mentais positivos: meditação, boas leituras, relaxamento, músicas suaves.

Tudo isso fortalece a atmosfera de paz interior e reforça atitudes mais suaves e serenas.

Quando esses hábitos se consolidarem, quando a serenidade for obtida sem esforço, quando for mais fácil permanecer calmo, aí então você será forte candidato a se tornar exemplo para o Mundo.

Exemplo? Sim, amigo leitor: quem deseja a paz do Mundo deve se empenhar para ser exemplo vivo dessa paz.

É como uma árvore que, à medida que cresce, vai oferecendo benefícios de flores, perfume, cor e sombra aos que estão nas proximidades.

Por isso acredite: quem quer paz, nada exige dos outros. Faz a sua parte em silêncio e aguarda as conseqüências.

Texto da Redação do Momento Espírita.

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