Todo
ser humano
enfrenta períodos difíceis em sua vida.
Há
momentos em que a
esperança parece desaparecer no horizonte.
Nessas
oportunidades,
todos os sonhos e planos periclitam.
A
harmonia familiar,
tão cuidadosamente construída, sucumbe a brigas.
A
carreira, tratada
com o máximo carinho, passa a ser motivo de tormento.
A
saúde,
habitualmente vigorosa, torna-se frágil e vacilante.
Amigos
de longa data
se afastam por conta de desentendimentos fortuitos.
Muitas
vezes é
possível identificar uma falha no próprio
comportamento que desencadeou a
catástrofe.
Uma
leviandade, uma
palavra mal posta, falta de dedicação ou de
carinho podem ter levado à
desarmonia.
Nesses
casos,
torna-se evidente o que deve ser corrigido, a fim de evitar novas
crises.
Mas
às vezes não há
causa visível para uma tragédia que se abate.
É
o trabalhador
dedicado e honesto que se torna desempregado.
O
marido fiel e
atencioso traído pela esposa.
O
filho amado e
cercado de atenção que sucumbe às
drogas e causa infinitas aflições aos pais.
A
amizade antiga que
termina por conta de fofocas.
Em
outras
oportunidades, a vida parece exigir uma quota muito grande de
esforços.
A
doença de um
familiar consome vastos recursos financeiros.
Além
disso, o doente
exige atenção e cuidados constantes.
A
manutenção de um
negócio torna-se árdua e pouco
rentável.
O
patrão revela-se
exigente e avaro.
Trabalhar
converte-se
em uma penitência.
A
união da família só
se mantém a custo de inauditos esforços.
Entre
incompreensões
e dificuldades, a tarefa parece hercúlea.
Muitas
vezes, há uma
saída fácil.
Em
outras, isso não
ocorre.
Perante
um familiar
doente, um filho drogado, o único emprego
disponível que se torna árduo, o que
fazer?
Em
tais situações,
tem-se um regime severo imposto pela vida.
Se
não há causas
identificáveis na presente existência, elas se
encontram no passado.
O
destino das criaturas
não é regido pelo acaso.
Em
face de situações
inelutáveis e graves, não se sinta uma
vítima.
Pense
que você está
tendo oportunidade de redimir-se perante sua própria
consciência.
O
sacrifício atual
representa a liberação de uma antiga
dívida.
O
familiar que
reclama atenção e cuidados pode ter sido outrora
levado por você ao vício e à
degradação.
Ajudá-lo
hoje não
representa um favor, mas a reparação de um erro.
Talvez
o chefe
insensato tenha sido um explorado servo seu no pretérito.
Se
ele não teve a
força necessária para superar o
episódio, cabe a você entendê-lo e
desculpá-lo.
Os
recursos
financeiros que hoje lhe faltam devem ter sido esbanjados outrora.
Seja
digno em face
das dificuldades que a vida lhe apresenta.
Elas
correspondem às
suas exatas necessidades de aprendizado e
reparação.
Não pense em abandonar o barco, em fugir do
dever.
As
leis divinas não
podem ser burladas. Elas sempre dão o justo retorno ao
mérito e aos equívocos.
Se
alguém o trair ou
prejudicar, perdoe.
Aja
com grandeza e
feche o ciclo da dor.
Aprenda
a viver e a
servir com alegria, mesmo por entre dificuldades.
Para
seguir adiante é
preciso acertar-se com o passado.
Redação
do Momento Espírita