Momento Espírita
Curitiba, 27 de Novembro de 2024
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ícone A neutralidade dos meios
 

Há alguns séculos, a Humanidade temia o progresso por pensar que com o avanço poderiam surgir situações incontroláveis.

Pensava-se, por exemplo, que os homens seriam subjugados pelas próprias invenções, e por esse motivo a ficção fez sucesso nas telas do cinema.

Robôs fora de controle, criaturas monstruosas criadas pelos homens e que contra eles se voltavam, entre outras ficções não menos assustadoras, fizeram com que muitas pessoas abominassem o avanço tecnológico.

Como o progresso é lei natural e todos estamos a ela submetidos, não podemos impedir sua marcha, sob pena de sermos triturados por suas rodas gigantescas que não podemos deter.

Hoje, como o progresso está presente em quase todas as áreas do conhecimento humano, podemos perceber claramente que as invenções e avanços tecnológicos não são problemas em si mesmo, por serem neutros.

O problema é ético, porque os seres que fazem uso da tecnologia não estão moralmente aptos a utilizá-los com bom senso e discernimento.

As pesquisas que permitiram a confecção da bomba atômica, certamente não visavam a destruição de vidas humanas. As pessoas que a utilizaram para tal fim é que o fizeram de forma equivocada.

Os vários meios de comunicação conquistados com o progresso são neutros, tanto servem para salvar vidas como para aniquilá-las, dependendo da moralidade de quem os utilize.

As possibilidades que a Internet propicia, nos dias atuais, são neutras. Todavia, o uso que se lhe dá é que causa danos.

Enquanto pessoas de bom senso a utilizam para encurtar as distâncias na troca de informações úteis visando o bem geral, outros fazem uso desse meio para difundir as misérias que guardam na própria alma.

Enquanto uns disponibilizam conhecimentos edificantes e mensagens de conforto e esperança, outros ensinam a fazer bombas, terrorismo, corrupção e outros tantos lixos morais nos quais se comprazem.

As possibilidades pessoais também são utilizadas de acordo com a moralidade de cada indivíduo. Enquanto homens nobres fazem uso da sua inteligência para edificar a vida, outros a utilizam para matar, corromper, aniquilar.

Como podemos perceber, não são os meios que causam prejuízos à sociedade, mas a maneira por que são empregados pelos homens.

Quando a Humanidade aliar a moral aos conhecimentos, esses efeitos negativos sumirão juntamente com as causas que os produziram.

Deus, que a tudo coordena com Suas leis perfeitas e imutáveis, fará com que nos ajustemos ao progresso, percebendo, ainda que devagar, que toda árvore que Ele não plantou será arrancada.

O progresso é árvore boa e frutificará. A maldade que se utiliza do progresso para disseminar-se, será arrancada, pois não foi plantada por Deus.

É assim que se dará. Mesmo que leve tempo tudo será conforme o planejamento maior da Divindade.

*   *   *

Tudo o que fazemos e pensamos está sendo contabilizado nas Leis Divinas.

Responderemos por todas as ações que praticamos, mais cedo ou mais tarde.

Assim entendemos porque existe a idiotia, por exemplo. O mau uso da inteligência, lesa regiões nobres do cérebro psicossomático, que em outra existência formará o corpo físico com essas sequelas.

Redação do Momento Espírita.
Em 30.03.2009.

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