Momento Espírita
Curitiba, 27 de Novembro de 2024
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Você costuma dizer palavrões?

O que você pensa disso?

Para muitas pessoas, dizer palavrões é uma forma de aliviar tensões.

Para outras, um modo descontraído de falar.  E, para alguns ainda, um jeito brasileiro de se comunicar.

Tão só pela riqueza de vocabulário que a língua portuguesa nos oferece, o uso de palavrões já seria dispensável.

Mas, além dos aspectos linguísticos a ressaltar, existem, é claro, objeções espirituais ao uso de expressões de baixo calão.

Tudo em a Natureza é uma forma de energia.

Os nossos órgãos de percepção física apenas filtram e interpretam as vibrações energéticas ou fluídicas, dando-nos a imagem, o som, o cheiro, a luminosidade, a densidade e a cor.

Vejamos o som, por exemplo.

Um objeto qualquer faz vibrar as moléculas do ar.

Essa vibração chega aos nossos ouvidos a uma velocidade de trezentos e quarenta metros por segundo.

De acordo com a sua frequência, o ouvido transmitirá ao cérebro uma informação que será interpretada como o som de uma buzina, ou a musicalidade de um violino.

Assim como no mundo físico o ar é o veículo do som, no mundo espiritual os fluidos são o veículo dos pensamentos emitidos.

É fácil entender, então, que além da sonoridade conhecida das palavras, existe uma outra mensagem, inaudível aos ouvidos humanos, mas que o Espírito sempre capta, de uma forma ou de outra.

Os palavrões, pois, reúnem em si uma dupla problemática: a agressividade sonora, claramente percebida, e a vulgaridade mental, que atinge quem escuta o palavrão, mas prejudica muito mais a quem o diz.

Prejudica a quem o diz, porque cria em torno da pessoa uma psicosfera negativa, propiciando sintonia com Espíritos inferiores.

Os palavrões são uma maneira infeliz de demonstrar o vazio que as pessoas trazem na alma.

Para aqueles que dizem aliviar tensões pronunciando palavrões, chamamos a atenção para um aspecto importante.

Ao colocarmos para fora uma violência contida, não estamos nos livrando dela, mas, pelo contrário, fortalecendo em nossa intimidade o nosso lado agressivo.

Ao nos referirmos à questão dos palavrões, não poderíamos deixar de recordar a lição de um Espírito amigo:

As palavras carregam consigo a realidade interior de quem as profere.

* * *

Os Espíritos se comunicam pela linguagem do pensamento.

Apesar de os menos evoluídos terem a impressão de falar, na verdade é o seu pensamento que faz a comunicação.

O pensamento produz imagens no mundo espiritual.

São justamente essas imagens que atraem para junto de nós os Espíritos que se afinam com elas.

 

 Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP.
Em 14.1.2014.

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