Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Ser normal

O homem é gregário por natureza.

Por instinto, ele busca estar próximo de seus semelhantes.

O progresso é uma das leis da vida, cujo atendimento é facilitado pelo intercâmbio de idéias e experiências.

Afigura-se natural que os homens procurem ser aceitos em seu meio social e familiar.

Em todas as fases da vida, o fenômeno da busca de aceitação ocorre.

Por exemplo, na adolescência é marcante a preocupação em ser parte de um grupo.

Certamente por isso, os adolescentes padronizam gostos e comportamentos.

Vestem-se, falam e agem de modo semelhante.

Parecer diferente é algo assustador, pois pode conduzir à condição de pária social.

Pela vida afora, ser normal é reconfortante.

Quando a conduta e as crenças de um homem são partilhadas por outros, ele se sente seguro e confortável.

Quem assume uma postura diferenciada tende a ser malvisto.

Quando menos, por seu comportamento provocar reflexões.

O que antes parecia tão acertado, talvez não o seja.

Para a maioria das pessoas, é desagradável ter de rever sua postura em face da vida.

Quando se admite um erro, a etapa seguinte é engendrar esforços para corrigi-lo.

Como é mais fácil permanecer inerte, o que leva à reflexão muitas vezes é repudiado.

É preciso maturidade e coragem para ser diferente.

Quem ousa contrariar os padrões considerados normais, no meio em que se insere, sujeita-se a críticas e rejeições.

Mas ser normal nem sempre é bom.

Em um mundo marcado pela corrupção, talvez a conduta desonesta seja tida por normal.

Pôr a saúde em risco, por vícios de toda ordem, também não causa espanto.

Muitos assim o fazem e esse comportamento não destoa do que a sociedade tolera com tranqüilidade.

A maledicência, os desregramentos sexuais, o hábito de sempre levar vantagem, nada disso parece chocante.

Na sociedade atual, nada é mais banal do que o vício.

A genuína virtude é que é rara.

Justamente por sua raridade, chama tanto a atenção.

Em um ambiente leviano, a conduta de quem prefere viver honesta e dignamente soa como uma censura para os demais.

Pense se a sua busca por aceitação não o está fazendo trilhar caminhos estranhos.

Recorde os exemplos e a figura do Cristo.

Ele conviveu com equivocados de toda ordem, mas preservou sua pureza.

Amparou os caídos e exortou-os ao bem.

Sua conduta reta e suas sábias palavras causaram muito desconforto.

As pessoas importantes da época acharam necessário matá-lo, para calar sua voz e fazer cessar sua influência.

Reflita sobre isso e analise sua vida.

Veja se o conceito de normalidade não o está corrompendo.

Se você vive com tranqüilidade entre corruptos, talvez a corrupção já o tenha marcado.

Se sua companhia é muito apreciada pelos levianos e maledicentes, quiçá você simplesmente seja um deles.

Se a pornografia não o choca mais, provavelmente você já a incorporou em sua vida.

Por certo não lhe causa alegria perceber-se afinado com a maldade do mundo.

Assim, ouse ser diferente.

Seja rigorosamente honesto, leal, íntegro e bondoso.

Pode ser que sua presença seja menos requisitada.

Mas sem dúvida você será mais feliz e terá paz em seu coração.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

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