As crianças geralmente são lições vivas que retratam os ensinos que recebem de seus pais e professores.
E é gratificante perceber os frutos dessas lições, quando os filhos não estão com os adultos e mesmo assim agem conforme o que aprenderam.
Um dia desses aconteceu um fato interessante, que nos chamou atenção.
Uma menina de 9 anos e um garoto de 3 foram passar uns dias na casa de uma tia, aproveitando as férias de julho.
As crianças levantaram tarde, pois o inverno, no sul, é um convite para ficar um pouco mais debaixo das cobertas...
Após um leve desjejum, as crianças foram brincar no parquinho, enquanto a tia já preparava o almoço para logo mais.
Poucos minutos depois, os dois entraram em casa novamente.
“O que houve?” Perguntou a tia.
E a menina falou, com tranqüilidade: “Tinha um senhor varrendo as folhas secas do parquinho, e a gente não quis atrapalhar.”
“E foi ele que pediu para vocês saírem?”, questionou a tia, desejando saber se a iniciativa era deles mesmo.
“Não, a gente achou melhor sair”, respondeu a garota.
Impressionante que o pequeno também voltou com a irmã mais velha, sem fazer escândalo.
Não havia revolta, nem reprovação, por parte dos dois.
Ambos agiram com a naturalidade de quem sugou as lições de respeito ao próximo, com o leite materno.
Sem dúvida, uma atitude que merece reflexão por parte dos adultos.
Não havia ninguém por perto para dizer àquela menina que ela deveria respeitar a pessoa que estava limpando o parquinho. Ela tomou a decisão com autonomia.
Atitudes como essa denotam que o respeito e a civilidade são lições que valem a pena.
Reportagens feitas nas ruas, e exibidas na TV, demonstraram que a grande maioria dos adultos não nota os varredores de rua.
Tanto isso é verdade, que alguns atores famosos se vestiram de garis e passaram um bom tempo representando esse papel, em locais movimentados, sem que ninguém os reconhecesse.
E se esses trabalhadores não são sequer notados, como serão respeitados?
Isso é fruto de uma visão equivocada, em que as pessoas valem pelo que têm, ou parecem ter, em vez de serem valorizadas pelo simples fato de existirem.
O respeito é um valor básico, e deveria reger as relações sociais.
As noções de civilidade deveriam fazer parte das primeiras lições na infância.
O respeito é uma matéria que deveria compor o currículo normal das escolas, e ser ensinado pela teoria e também pelo exemplo dos educadores.
Quando o respeito não é levado em conta, na base da educação, a sociedade periclita.
A falta de respeito gera conflitos de difícil solução, e é causa de muitas guerras.
O respeito, levado às últimas conseqüências, seria a chave para a solução de inúmeros problemas sociais.
Quando a sociedade respeitar os direitos básicos de cada cidadão, não haverá ninguém a quem falte o necessário. E um cidadão que vê seus direitos respeitados não tem razões para ser violento.
E o primeiro de todos os direitos do ser humano, é o direito de viver.
E para viver, algumas necessidades básicas devem ser atendidas.
Entre elas estão a educação e o trabalho. As demais, o homem constrói com dignidade, pois o trabalho tudo vence.
Você já imaginou como seria uma sociedade regida, naturalmente, pelo respeito mútuo?
Seria a sociedade ideal, não há dúvida...
Você entraria num restaurante e poderia conversar tranqüilamente com seus amigos, sem precisar gritar...
Jamais haveria alguém fumando na mesa ao lado...
Você só ouviria as músicas que desejasse dentro do seu lar, e não a dos vizinhos...
O erário só seria usado em benefício de todos, e assim por diante.
Pensemos nisso, e façamos a nossa parte para que essa sociedade seja uma realidade um dia.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em fatos reais.