Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Razão ou coração?

O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são criados por Deus em estado de ignorância e simplicidade.

Eles possuem o embrião de todas as virtudes. Mas necessitam das experiências da vida para desenvolver o seu infinito potencial.

No Universo não há privilégios ou injustiças.

Cada qual ocupa uma posição adequada ao seu estágio evolutivo e às suas necessidades de aprendizado.

Na jornada para a plenitude, as asas do conhecimento e da moralidade gradualmente despontam em toda criatura.

Mesmo quem hoje parece um pervertido adquirirá a máxima pureza. Tudo é uma questão de tempo e de esforço.

A criatura que parece privilegiada pela vida, na verdade, trabalhou mais o seu interior.

Talvez seja mais velha do que as demais, por ter sido criada antes. Mas, certamente, já trabalhou muito.

Afinal, o mero passar do tempo pouco ensina.

É o que ocorre em uma escola.

De nada adianta o aluno ser mais velho do que os demais de sua classe. Se não aprende a lição, não é promovido para a etapa seguinte.

A angelitude é um estado de consciência de quem muito conhece e muito ama.

Frequentemente, se ouve falar de embates entre a razão e o sentimento.

Em face de determinada situação, a criatura não sabe qual rumo tomar.

Seu coração anseia por determinada solução, mas a razão aponta para outra saída.

Esse gênero de dúvida revela a pouca compreensão que ainda temos da finalidade da vida.

Ninguém nasce a passeio ou apenas para realizar fantasias.

Todos trazemos uma programação a cumprir, que invariavelmente visa a nossa evolução, o nosso aperfeiçoamento.

O objetivo de nossa vida sempre será o desabrochar do anjo que em nós reside.

Esse objetivo identifica-se com a aquisição da sabedoria e do amor.

Ocorre que amor não é sinônimo de desejo.

Essa sublime energia rege o Universo.

Ela desperta em nós o ideal de auxiliar o próximo a ser feliz.

Mas a razão nos diz que a felicidade depende do dever bem cumprido.

Ninguém pode ser genuinamente feliz com a consciência pesada.

Assim, o coração e a razão nunca entram em contradição, para quem compreende o seu real papel em face da vida.

Nossos amores não nos pertencem.

Eles são filhos do Divino Pai, que os criou para uma meta transcendente e maravilhosa.

Nosso papel é o de ajudá-los a atingir essa meta tão sublime.

Amar não implica ser conivente ou livrar o próximo do trabalho que lhe compete.

Amar não significa manter o ser amado ao nosso lado, quando ele deseja viver outras experiências.

Amar é auxiliar a ser feliz, a ser melhor, a crescer para Deus.

A razão lúcida ilumina e dirige o coração.

O coração que aprendeu a amar suaviza e dulcifica o raciocínio.

A sabedoria e o amor são duas energias que se complementam, na perfeita harmonia da vida.

Nem determinações duras e implacáveis, nem pieguice e conivência com equívocos.

Quem ama e sabe, educa e ampara.

Acalenta, mas liberta.

Redação do Momento Espírita
Em 9.9.2021.

 

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