Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Preço e valor

Vivemos em um mundo, no qual impera a economia de mercado.

Consequentemente, o preço dos mais diversos tipos de bens varia conforme a lei de oferta e procura.

Se determinada mercadoria é rara, seu preço sobe. Quando há abundância de oferta, o preço tende a cair.

Em decorrência do materialismo ainda vigorante no planeta, o desejo por bens materiais permanece muito forte no coração das criaturas.

No afã de conquistar coisas raras e custosas, os homens empenham boa parte de seu tempo.

No meio social, quanto maior a fortuna de alguém, mais ele se torna alvo de consideração e respeito.

Ocorre que, embora as coisas materiais sejam necessárias à vida, elas não constituem um fim em si mesmas.

Quem se preocupa em excesso com elas corre o risco de desperdiçar seu tempo na Terra.

A existência terrena é essencialmente passageira. Ao morrer, ninguém levará consigo as propriedades que acumulou. Assim, importa considerar que os bens são meios para a atuação do Espírito sobre a matéria.

Eles são meros instrumentos, que devem ser bem utilizados para o progresso, tanto de quem os possui, quanto da sociedade.

Para agir com sabedoria no mundo, é preciso compreender a diferença entre preço e valor.

Preço refere-se a unidades monetárias exigidas por coisas ou serviços.

O preço depende da lei de oferta e de procura.

O valor é algo próprio à substância do que se afirma valioso.

Habitualmente se diz que as coisas postas à venda não possuem valor próprio.

A quantidade de dinheiro representativa de seu preço depende do interesse que despertam nas pessoas.

Se ninguém deseja determinada mercadoria, por menos que se peça por ela, simplesmente não será vendida.

Fixada essa premissa, pode-se afirmar que há bens muito valiosos, mas sem preço.

A consciência tranquila possui valor inestimável, mas não pode ter sua importância quantificada em dinheiro, na lei de oferta e procura.

As coisas em geral têm preços fixados, que dizem de sua relevância no mercado.

Entretanto, os seres humanos não têm sua importância estabelecida em padrões monetários.

Um homem não tem preço.

O valor de uma pessoa é conferido por sua dignidade, por suas virtudes.

Desse modo, cuidemos para não comprometer nosso valor pessoal no anseio por coisas caras.

De nada nos adiantará acumular extensas riquezas, à custa de atitudes indignas.

Ao final de nossa vida, os bens materiais ficarão para trás.

Porém, nós teremos de conviver para sempre com nossa consciência.

Recordemos que os bens materiais são instrumentos de que dispomos para atuar no mundo.

Vamos lhes conferir a importância devida, utilizando-os para espalhar a felicidade e o progresso ao nosso derredor.

Vamos desfrutá-los, sem egoísmo, repartindo-os com nossos semelhantes.

Na busca do transitório, não esqueçamos o que é permanente.

Vivamos cada dia procurando acrescentar valor à nossa vida, com atitudes generosas e nobres.

Ao término de nossa existência, a paz que tivermos conquistado não terá preço.

Contudo, ela será muito valiosa, credenciando-nos a uma boa recepção na pátria espiritual, para a qual nos transferimos.

Redação do Momento Espírita.
Em 6.10.2022.

 

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