No ato do consórcio matrimonial, os cônjuges realizam algumas promessas.
Prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Estranhamente, muitas vezes os votos formulados são esquecidos em pouco tempo.
Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro. E o que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos acaba com um desfazer da aliança, em meio a muita mágoa.
Onde ficam as promessas do casamento? Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?
Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas se decidam casar.
Perguntas que levem a reflexões. Ou que digam, de forma mais explícita, o que é amar e respeitar um ao outro.
Eis algumas delas:
Promete não desejar assumir o controle da vida do outro? Promete ter em mente que ele é um ser que, antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?
Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você não aprecie o tipo de música de que a pessoa gosta?
Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça, em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.
Promete acompanhar seu par quando este desejar ir ao cinema, ao teatro ou à praia?
Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos. Mas sempre há possibilidade de se dialogar e estabelecer um momento para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.
Você promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?
Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?
Promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do mundo, agradecerá pelo prato que foi feito?
Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar o cinto, diminuir as despesas?
Você promete que não esquecerá de dizer Eu amo você? E também Você é importante em minha vida?
Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?
Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão ir embora?
Você promete que não contará todos os dias as rugas que forem marcando o rosto do outro?
Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as dificuldades do seu par?
Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento, tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?
Você promete ser eterno namorado, mesmo que não haja lua no céu, nem estrelas a brilhar?
Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?
Enfim, você promete que vai se esforçar para cumprir todas essas promessas?
Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então, com certeza, o casamento durará muito tempo, porque ambos não serão somente marido e mulher.
Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos. Também virtudes.
E cada dia, um no outro buscará descobrir a virtude ainda não desvelada.
Um ao outro incentivará naquilo em que ainda não é tão bom. E um ao outro pedirá Por favor, me ajude, quando precisar.
E dirá Obrigado, toda vez que receber uma dádiva, um carinho, uma atenção.
Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 11 e no
livro Momento Espírita, v. 7, ed. FEP.
Em 4.3.2021.
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