Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Os pequeninos

Observando a natureza, vemos pássaros coloridos pelo espaço azul. Também encontramos pássaros caídos dos ninhos, que dependem, para viverem, da boa vontade de quem os encontre e auxilie.
Existem os pássaros livres a cantar pelas campinas e outras aves, engaioladas, limitadas.
Não têm liberdade de beijar o sol, nem desfrutar dos ventos que sopram sobre os céus de anil.
Da mesma forma que encontramos aves livres e aves engaioladas, limitadas, temos as crianças.
Existem muitos lares-gaiolas, lares-prisões, lares-opressão, em contraste com poucos lares-canteiros, lares-bosques exuberantes, lares-céus-azuis.
Os primeiros são os que reprimem, que enxergam somente um lado sombrio em tudo.
Os que mutilam o caráter, que inibem a criatividade, que maculam a pureza ou que perturbam a alma infantil.
Tudo graças à imperícia ou má-vontade dos adultos que os conduzem.
Os segundos são os lares como Deus deseja para os seus filhos recém-chegados às experiências corporais.
São lares que observam, que norteiam, que corrigem, que cooperam para o acerto.
Lares que incentivam o bem, que valorizam as conquistas felizes e que deixam, enfim, crescer os pequeninos.
Há crianças que ficam à espera que algum amigo ou vizinho as possa resgatar dos tentáculos dos seus próprios ninhos que as devoram, aos poucos.
Outras se apresentam aflitas diante da perspectiva ou da atuação da violência. Ficam ansiosas, neurotizadas.
Outras mais se apresentam deprimidas em face do abandono a que são relegadas.
Essas esperam, desesperançadas, o que o amanhã lhes haverá de propiciar.

Pensemos nesses pequeninos, como pensamos nos pássaros que correm risco de extinção.
Tratemos de preservá-los com a contribuição do acompanhamento maduro e afetuoso.
Providenciemos-lhes assistência escolar, formação moral nobre e segura, horas de encantamento lúdico construtivo.
Desta forma, as estaremos auxiliando a superar a infância difícil, a meninice em perigo, tal como costumam encontrar ao chegar à terra.
Evitemos atulhar a mente infantil com os produtos da perturbação comum dos adultos.
Poupemos as crianças do palavreado desvairado e obsceno. Também dos noticiários amedrontadores e criminosos.
Permitamos que vivam a infância, poupando-as do excesso de atividades.
Recordemos que para a criança deverá haver hora para tudo. Para a escola e o brinquedo. Para o alimento e para o sono.
Tudo para que ela aprenda a coordenar seu tempo, a se disciplinar, forjando dias de harmonia e de maturidade para os caminhos futuros.
Ofertemos-lhe, enfim, Jesus. Com ele, ela será amparada, instruída e aconchegada, sobretudo se nos dispusermos a dar-lhe o ninho dos nossos próprios braços e dos nossos corações.
Tudo em nome dele, o menino de Nazaré, e conforme ele mesmo o faria.
Até mesmo porque ele rogou que ninguém impedisse de chegar até ele os pequeninos.

***

Toda criança que renasce no mundo, traz consigo a mensagem da esperança de viver, crescer e ser feliz.
É nosso dever zelar para que ela alcance seu intuito, a fim de se tornar um adulto equilibrado, homem digno, contribuindo para o bem de todos.
A infância é a escola primeira onde o adulto se ensaia e prepara para os embates do mundo.
Proteger a infância, zelar pelos pequeninos é preparar o mundo melhor do amanhã, que todos idealizamos.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na mensagem Ajudem os pequeninos, do Espírito Clélia Rocha, psicografada por Raul Teixeira, em 8.2.2005, na Fazenda Recreio, em Pedreira-SP.

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