Quando a
dor o alcança, como você reage? Você se entrega e se lamenta ou a enfrenta e sai
fortalecido?
Quando a
dificuldade o martiriza, você reclama, chora e fica cheio de auto-piedade, ou
luta, insiste, prossegue?
Tudo é uma
questão de opção.
O jovem Karol
Wojtyla sofreu os horrores da segunda guerra mundial. Os nazistas estavam
determinados a apagar a Polônia do mapa da Europa.
Naquela
época, aquele que se tornaria papa em 1978, atravessou um dos mais difíceis
períodos de sua vida.
Ele precisava
caminhar durante dias sob um frio congelante para trabalhar numa pedreira.
Também para
arrumar comida e remédios para o pai idoso e doente, que morreria em fevereiro
de 1941.
Além disso,
arriscava a vida ajudando um grupo de teatro que fazia parte da resistência
cultural à ocupação nazista.
Arriscava-se
ainda a estudar para o sacerdócio como seminarista clandestino, escondido na
casa do arcebispo de Cracóvia.
No ano de
1997, o teólogo encarregado de escrever a sua biografia perguntou ao então papa
João Paulo II o que ele aprendera naqueles dias de tanta tormenta e incerteza.
A resposta
foi breve e direta. Participei da grande experiência dos meus contemporâneos: a
humilhação por meio da crueldade.
Algumas
pessoas reagiram a essa humilhação de formas diferentes. Outras enlouqueceram, e
algumas se suicidaram.
Houve quem
aderisse ao caminho da resistência violenta. E quem se tornasse comunista, com a
esperança de construir uma utopia no planeta.
O jovem
Wojtyla teve uma reação muito diferente. Sob a pressão do mal e dos maus, ele se
tornou forte, inquebrantável.
O fato de
viver sob intensa pressão na resistência radical à perversidade daqueles dias de
guerra, o tornou brilhante, capaz de atravessar obstáculos que o mundo imaginava
intransponíveis.
Em 1981, João
Paulo II foi baleado. Não arrefeceu na luta por defender os direitos do povo e a
idéia de que o espírito humano pode conduzir a história de maneira positiva.
***
Ante os
dias difíceis e as lutas constantes, pense em seu fortalecimento moral.
Reserve um
lugar especial em sua vida para armazenar as preciosas lições resultantes do
combate sem esmorecimento.
Ante a
montanha das dificuldades, recorde sempre: aceitar a derrota ou batalhar pela
vitória é sua decisão.
Pense nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no artigo O Papa da paz, de
George Weigel, Seleções do Reader´s Digest, maio/2005.