Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone Deus, acima de tudo

A Terra sempre recebeu em seu seio almas generosas, Espíritos superiores, que ofertam valiosas contribuições para o crescimento geral.

Alguns desses Espíritos vêm com o objetivo de alavancar o progresso e fazer evoluir a Humanidade.

Suas vidas deixam marcas luminosas, que desafiam os tempos.

Também nos oferecem lições de fé e amor ao Criador.

Ludwig Van Beethoven foi uma dessas criaturas. Nasceu em Bonn, na Alemanha, no ano de 1770 e morreu em Viena, na Áustria, em 1827.

Seu viver foi uma vertente constante da música que sublima e enleva os sentimentos.

Foi o autêntico médium da arte refinada de compor. Para ele, a música era uma revelação divina, uma revelação mais sublime que toda a ciência e toda a filosofia.

Seu viver foi um calvário pontilhado por muitos sofrimentos físicos, destacando-se a surdez que o isolou do mundo.

Ele nos deixou nove sinfonias, doze sonatas, concertos, quartetos e uma única ópera, Fidelio. Tudo de imensa beleza.

Seu psiquismo refinado lhe permitia constante contato com os Espíritos superiores.

Diante dos muitos padecimentos que o acometiam, afirmava, sereno e confiante: Deus nunca me abandonou.

Perguntado, certa vez, se desejava receber determinado título honorífico, apontou para o Alto e respondeu: Meu reino não é deste mundo. Meu império está no ar.

E concluiu: Não conheço outro título de superioridade, senão o da bondade.

Bondade da qual ele deu mostras, mais de uma vez. Em certa oportunidade, um amigo estava em grandes dificuldades.

Beethoven o presenteou com uma das suas criações, para que fosse vendida e o dinheiro usado na solução do problema que o afligia.

Era nos bosques que ele mantinha contato mais íntimo com as nobres entidades ligadas à música e à harmonia.

Ali ele fazia suas orações e refazia suas energias.

Quando voltava desses encontros, com a fisionomia alterada, respondia a quem lhe perguntava:

O meu anjo bom me visitou.

Em um desses momentos, transformou uma de suas orações, em uma peça musical de grande elevação e apurada sensibilidade: Hino à alegria.

É, ao mesmo tempo, uma exaltação à fé em Deus. Seus versos podem ser traduzidos mais ou menos assim:

Escuta, irmão, a canção da alegria

O canto alegre do que espera um novo dia.

Vem, canta, sonha cantando

Vive sonhando um novo sol

Em que os homens voltarão a ser irmãos.

Se em teu caminho só existe a tristeza

O pranto amargo da solidão completa

Se é que não encontras alegria nesta Terra

Busca-a, irmão, mais além das estrelas.

Sempre enaltecia a Paternidade Divina, afirmando: Deus, acima de tudo.

O lema que norteou seus passos, foi: Fazer o bem possível. Amar, sobretudo, a liberdade. E, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade.

*   *   *

Quando necessitava conforto espiritual, Beethoven se servia do livro Imitação de Cristo.

A obra é de autoria do filósofo e místico alemão, Thomas Von Kempis, que viveu entre os séculos XIV e XV.

E Beethoven o tinha mesmo como o seu livro de cabeceira, o que nos diz da sua religiosidade e da fé em Deus.

Redação do Momento Espírita, com base no texto Beethoven: Deus, acima de tudo,
de Giovani Scognamillo, publicado no
Jornal Tribuna Espírita, de jan/fev. 2005 e nos
 versos do
Hino à alegria, de Beethoven, gentilmente traduzidos por Enrique Baldovino.
Em 4.4.2023.

 

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