Na busca
da solução dos problemas que lhe inquietam a alma, não se deixe seduzir por
caminhos aparentemente fáceis.
Realização
pede trabalho.
Vitória exige
luta.
A conquista
da paz, pressuposto da felicidade, é incompatível com a deserção de compromissos
assumidos.
Muitos
jornadeiam no mundo da larga avenida dos prazeres efêmeros.
Mas cedo ou
tarde se entediam e desencantam, quando não sucumbem às tentações do crime.
Há quem
prefira a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos.
Entretanto,
não raro incide em tenebrosos enganos, carregando pela vida afora o peso do
arrependimento.
As
experiências da vida terrena são as mais diversas, mas não constituem obra do
acaso.
Ninguém
recebe um berço entre os homens para acomodar-se, entre a preguiça e a inércia.
Nosso dever é
nossa escola.
A confiança
em Deus pressupõe acreditá-lo no absoluto comando do universo.
Se o Pai
permitiu que você tivesse determinada experiência, faça o seu melhor, mesmo com
dificuldade.
Por certo
esse vivenciar corresponde ao valor que lhe incumbe amealhar, em sua jornada
para a amplidão da verdadeira vida.
Na trilha do
aperfeiçoamento moral, não existem atalhos de facilidade.
Ninguém
poderá aprender em seu lugar a lição que lhe compete.
Jesus
aconselhou que o homem porfiasse por entrar pela porta estreita.
A senda
estreita refere-se à fidelidade que deve ser mantida por quem aspira à paz.
É necessário
ser fiel às próprias obrigações, evitando fugir delas por qualquer pretexto.
O dever bem
cumprido pacifica a criatura, credenciando-a a experiências mais ricas e plenas.
Para
sustentar a necessária fidelidade ante os compromissos, é preciso algum
sacrifício.
Não há como
atender a todas as fantasias e caprichos nascidos da vaidade e ao mesmo tempo
cumprir programas de elevação espiritual.
A comunhão
com o alto, na humildade dos deveres retamente satisfeitos, implica paulatino
abandono da bagagem de sombra que ainda trazemos em nós.
Tanto mais
feliz é o ser humano, quanto mais contentamento encontra em colaborar para a
alegria e o crescimento alheios.
Prestar muita
atenção nos próprios problemas os faz crescer em importância.
Já a
dedicação ao próximo tende a auxiliar o homem a perceber a pequenez de seus
dissabores.
O saber-se
útil, buscando propiciar bem-estar aos semelhantes, acalma e pacifica o coração.
O caminho
para o céu que todos almejam passa pela disciplina de adaptar o próprio espírito
na garantia da felicidade geral.
Não concentre
suas energias e talentos na busca de vantagens passageiras.
Glórias
desnecessárias ou imerecidas, ociosidade e fulgores sociais tendem a atrair
penúria e ignorância.
Não escolha
caminhos fáceis, mas de destino duvidoso.
Persevere na
renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.
Não rejeite a
provação e o trabalho, a abnegação e o suor.
Em todas as
circunstâncias, recorde que a ‘porta larga’ é a paixão desregrada, o culto do
personalismo.
Já a ‘porta
estreita’ é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo 12 do livro ‘Ceifa de luz’, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.